O Tribunal do Júri de Tubarão condenou um homem, de 22 anos, a nove anos e nove meses de prisão por tentativa de homicídio qualificada, com motivo fútil. O réu foi responsabilizado por atirar contra um jovem após uma discussão em um posto de combustíveis da cidade, ocorrida em fevereiro de 2024. A vítima, atingida por um único disparo, ficou paraplégica e, devido à gravidade dos ferimentos, ainda corre o risco de perder o movimento dos braços. O réu também foi condenado a pagar R$ 35 mil em danos morais e não teve direito de recorrer em liberdade.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o crime ocorreu nas primeiras horas da manhã do dia 23 de fevereiro, por volta das 6h30, quando a vítima e o réu, ambos conhecidos, confraternizavam em um posto de combustíveis. Na companhia de outras pessoas, eles consumiam bebidas alcoólicas. Em determinado momento, o réu não concordou que a vítima pegasse gelo do cooler térmico utilizado pelo seu grupo, o que gerou conflito e vias de fato entre ambos.
Após o confronto, o réu saiu do local, retornou minutos depois, armado, e disparou contra o jovem. Um tiro atingiu a região cervical da vítima, causando lesão medular e resultando na paraplegia. O MPSC alegou que o homicídio só não se consumou por fatores alheios à vontade do réu, já que a vítima foi socorrida imediatamente e levada a um hospital, onde recebeu atendimento médico.
A acusação foi conduzida pelos Promotores de Justiça Vinicius Barreto Pinto e Wallace França de Melo. Durante o julgamento, a maioria dos jurados acolheu a tese de tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil, com a condenação do réu, que também será responsável pelos danos morais causados à vítima.
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