O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 3,4% em 2024, superando os 3,2% registrados em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora o resultado tenha sido positivo, ele ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, que previu uma alta de 4,1%. O PIB nominal alcançou R$ 11,7 trilhões no ano.
Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo forte consumo das famílias, que aumentou 4,8%, e pelos desempenhos positivos dos setores de serviços e indústria. No entanto, o PIB apresentou uma desaceleração no último trimestre de 2024, com uma leve alta de apenas 0,2%, em contraste com os índices mais elevados dos trimestres anteriores.
Em relação aos setores da economia, os serviços cresceram 3,7%, com destaque para o comércio e as outras atividades de serviço, enquanto a indústria teve uma alta de 3,3%, impulsionada pela indústria de transformação e pela construção. No entanto, a agropecuária enfrentou dificuldades no ano, com um recuo de 3,2%, devido aos impactos climáticos adversos.
O consumo das famílias foi o principal motor da economia, beneficiado pelos programas de transferência de renda, pela melhoria no mercado de trabalho e por taxas de juros mais baixas, em comparação com 2023. Apesar disso, o desempenho do consumo no último trimestre caiu 1%, o que contribuiu para a desaceleração econômica observada entre outubro e dezembro.
O setor agropecuário teve um desempenho fraco, especialmente devido à queda na produção de soja e milho, o que também afetou as exportações brasileiras, que cresceram 2,9% em 2024, bem abaixo da alta de 9,1% registrada no ano anterior. Já as importações aumentaram 14,7%, impulsionadas por produtos químicos, máquinas e veículos automotores.
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