Santa Catarina se destaca nacionalmente com o menor índice de jovens ‘nem-nem’, aqueles que não estudam nem trabalham. Segundo análises da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, apenas 10,6% dos jovens catarinenses entre 14 e 24 anos se encontram nessa condição. Esse percentual é significativamente menor do que a média nacional, que é de 17,3%.
Apesar do bom desempenho em comparação ao restante do país, o estado registrou um leve aumento nesse índice, que passou de 10,2% para 10,6% no último trimestre de 2024. A pesquisa também apontou uma diferença significativa entre os gêneros, já que 63,5% dos jovens ‘nem-nem’ em Santa Catarina são mulheres, enquanto 36,5% são homens. Além disso, o estado tem a terceira menor taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos, com 5,4%, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.
O estudo analisou ainda o perfil racial da população que se encontra nessa condição em Santa Catarina. Do total de jovens ‘nem-nem’, 65,3% se identificam como brancos, 33,8% como pretos ou pardos e 0,88% como indígenas. Segundo o governo estadual, o cruzamento desses dados possibilita uma compreensão mais detalhada da realidade socioeconômica do estado, ajudando na elaboração de políticas públicas mais eficazes para inclusão educacional e profissional.
O gerente de Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas da Seplan, Pietro Aruto, destacou a importância do levantamento e da análise dos microdados para entender o comportamento do mercado de trabalho e da educação entre os jovens catarinenses. A pesquisa do IBGE também aponta os principais fatores que levam os jovens brasileiros à condição de ‘nem-nem’, evidenciando desafios sociais e econômicos que impactam essa parcela da população.
Não fique de fora do que acontece na sua região! Entre agora mesmo no nosso grupo de WhatsApp e comece a receber as notícias mais relevantes diretamente no seu celular: clique aqui.
