Uma operação coordenada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em Santa Catarina desarticulou um esquema de distribuição ilegal de pescados por meio de notas ‘esquentadas’ provenientes do estado do Rio Grande do Sul. A ação aconteceu na semana passada nos municípios de Laguna, Florianópolis, Itajaí e Navegantes.
Foram apreendidas cinco toneladas de peixe processado da espécie “tainha”. Os autos de infração somam mais de R$ 5 milhões em multas. Todo o pescado apreendido foi doado ao Programa Mesa Brasil, do SESC.
De acordo com o Ibama, a intenção foi fiscalizar se as mercadorias armazenadas foram adquiridas antes da safra da tainha. Os agentes ambientais cruzaram as informações sobre a origem do pescado – contidas nas notas fiscais apresentadas pelas empresas de beneficiamento – com os dados fornecidos por sistemas de registro.
Durante a análise, comprovou-se que as embarcações utilizadas não tinham capacidade para armazenar o volume declarado e tampouco possuíam autorização para a pesca da espécie. Com isso, a transação ilegal que visava comercializar 150 toneladas do peixe – divididos entre filé e ova, por exemplo, foi identificada.
Esta foi a primeira fase da operação Mullet, que começou em maio. De acordo com o Ibama, as ações seguem até o final de julho, com ações de fiscalização em terra – desembarque, transporte, estoques – e embarcadas.
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