Vacinas da dengue perto do vencimento terão aplicação ampliada
Foto: Divulgação/Paulo Pinto/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou que as vacinas contra a dengue que estiverem próximas da data de vencimento poderão ser aplicadas em pessoas fora da faixa etária estipulada pelo SUS e remanejadas para municípios ainda não contemplados. A medida, divulgada nesta sexta-feira (14) por meio de uma nota técnica, busca evitar desperdícios e ampliar a proteção contra a doença.

Agora, doses com até dois meses para o vencimento poderão ser enviadas a cidades que ainda não receberam o imunizante ou aplicadas em pessoas de seis a 16 anos. Já aquelas com um mês para o vencimento poderão ser utilizadas de acordo com o limite etário da bula, permitindo a vacinação de pessoas entre quatro e 59 anos.

Atualmente, o SUS oferece a vacina para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. No entanto, a ampliação do público-alvo levará em conta a disponibilidade de doses e a situação epidemiológica de cada estado. Além disso, as unidades federativas devem informar ao Ministério da Saúde sobre a aplicação dessa estratégia temporária. Todas as vacinas administradas precisarão ser registradas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), garantindo o monitoramento do processo de imunização.

Outro ponto de atenção é a baixa adesão à segunda dose. Em 2024, foram distribuídas 6,5 milhões de doses aos estados e municípios, mas apenas 3,8 milhões foram aplicadas. Entre os adolescentes, o cenário preocupa ainda mais, já que 1,3 milhão de jovens que iniciaram a imunização não voltaram para completar o esquema vacinal. Para reverter essa situação, o Ministério da Saúde recomenda que estados e municípios intensifiquem as estratégias de busca ativa, identificando e mobilizando aqueles que ainda não tomaram a segunda dose.

O Brasil foi o primeiro país do mundo a oferecer a vacina contra a dengue no sistema público universal. A campanha começou em fevereiro de 2024 em 315 municípios e, desde então, foi expandida para 1.921 cidades. A inclusão do imunizante no SUS foi definida com base no cenário epidemiológico da doença e acordada entre estados e municípios na Comissão Intergestores Tripartite (CIT).

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