Homem é condenado a mais de 30 anos de prisão por estupro em Tubarão
Foto: Divulgação

Um homem foi condenado nesta terça-feira (21) a 31 anos de prisão, um mês e dez dias de reclusão por abuso sexual contra a própria filha. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Tubarão.

Os abusos começaram quando o pai mandava a criança mostrar algumas partes do corpo à ele. Depois de pouco tempo, os abusos começaram a evoluir para toques físicos e resultaram na conjunção carnal. Tudo isso aconteceu ao longo de cinco anos e a vítima só foi perceber o que estava acontecendo quando completou 12 anos.

Os crimes ocorriam dentro da própria casa da família, onde também estavam a mãe e o irmão mais novo da menina, que só ficaram sabendo após o ocorrido. Na época dos crimes, a criança teve uma crise de ansiedade quando estava na casa da avó e precisou ser levada ao hospital. Somente lá ela conseguiu relatar os fatos ao médico.

“Os fatos apurados nos autos do referido processo são demasiado graves. A violência física e emocional praticada contra a vítima é de uma rara maldade que vi nestes quase 23 anos de carreira no Ministério Público. A materialidade e autoria restaram plenamente comprovadas no decorrer da instrução, trazendo detalhes de todo um ambiente pernicioso a que a criança foi submetida, conforme destaca o magistrado Lírio Hoffmann em sua profícua sentença: ‘Além disso, há que se ponderar os reflexos da violência na saúde mental e emocional da vítima. O acompanhamento psicológico contínuo, devido às crises de ansiedade e à dificuldade de comunicação causadas pelo trauma, são indicativos claros de que os danos ultrapassam os danos físicos, afetando profundamente a qualidade de vida e o futuro da vítima. A própria incapacidade de se expressar adequadamente, como relatado pelo médico ouvido neste juízo, mostra o impacto devastador da violência sofrida'”, diz o Promotor de Justiça Fred Anderson Vicente, que apresentou a denúncia e atuou no caso. 

O réu teve negado o direito de recorrer em liberdade. O MPSC pediu a prisão preventiva dele na audiência de instrução e julgamento, o que foi decretado pela Justiça na época. A vítima e o irmão, também menor de idade, estão recebendo acompanhamento psicológico.  

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