Ocupação de indígenas em trevo de Tubarão é tema de debate entre autoridades
Foto: Kelen Bardini/PMT

Na tarde de segunda-feira (06), a secretária municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) de Tubarão, Heloísa Cabral, se reuniu com o chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Tubarão, Gustavo Marangoni, para debater a situação das famílias indígenas que ocupam o trevo de acesso à cidade, na marginal da BR-101. O encontro teve como foco a busca por soluções para o problema, que se torna recorrente todo fim de ano, quando indígenas de Nova Laranjeiras, no Paraná, vêm à região para comercializar artesanatos.

Segundo Marangoni, o movimento de ocupação no trevo é um fenômeno sazonal, com o retorno de grupos indígenas que buscam oportunidades para vender seus produtos. No entanto, a situação tem gerado preocupações, especialmente quanto à segurança e à adequação do local. A Fundação Nacional do Índio (Funai) e a concessionária CCR ViaCosteira, responsável pelo trecho da rodovia, já foram acionadas para lidar com a situação, dado que o espaço ocupado está dentro da área de domínio da União.

A secretária Heloísa Cabral ressaltou que a população indígena da região é constantemente assistida pela SMDS, em colaboração com a PRF e a CCR ViaCosteira. A gestão pública local tem se empenhado em oferecer suporte, mas as famílias indígenas, segundo a secretária, têm preferido permanecer no local inadequado e inseguro, sob o viaduto, ao invés de aceitar as opções de acolhimento oferecidas.

Apesar do apoio de Organizações da Sociedade Civil (OSCs), que contam com recursos da assistência social para prestar apoio às famílias, muitas delas rejeitam a oferta de acolhimento. Para as autoridades, essa recusa torna mais difícil a busca por uma solução que garanta mais segurança e condições adequadas para os indígenas. Marangoni explicou que, embora o município ofereça apoio institucional, o comportamento das famílias, que preferem a ocupação no trevo, exige a atuação direta da Funai para uma solução mais efetiva e duradoura.

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