Santa Catarina promove mutirão carcerário para aliviar a superlotação no sistema prisional feminino

Assim como diversos outros estados brasileiros, Santa Catarina dá início a um Mutirão Carcerário com o objetivo de enfrentar a superlotação no sistema prisional. A iniciativa, que segue as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), busca promover a diminuição da lotação em algumas unidades prisionais do país.

De acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Administração Prisional de Santa Catarina, até o mês de maio, o Estado registrava uma população carcerária de aproximadamente 24,6 mil presos, enquanto apresentava um déficit de 4,6 mil vagas nas unidades.

O Mutirão Processual Penal vai até o dia 25 deste mês. Nesse período, magistrados especializados em direito criminal e de família, assim como outros operadores do direito, conduzirão a reavaliação de processos específicos, buscando beneficiar grupos prioritários e aliviar a superlotação prisional.

Os casos que serão reavaliados incluem prisões preventivas com mais de um ano, gestantes, mães e mulheres responsáveis por crianças e pessoas com deficiência que estão em prisão cautelar, além de pessoas cumprindo pena em regime mais gravoso do que o estipulado na decisão condenatória e aquelas cumprindo pena em regime diverso do aberto, mas condenadas por tráfico privilegiado.

Importante destacar que, segundo o Tribunal de Justiça, não serão beneficiadas pessoas presas por crimes cometidos mediante violência, grave ameaça ou contra seus próprios descendentes. A reavaliação jurídica considerará tanto os apenados já condenados quanto aqueles que aguardam julgamento.

Durante o processo de Mutirão Carcerário, serão reavaliados os requisitos que ensejaram a prisão provisória, com possibilidade de substituição da prisão por medidas cautelares alternativas. No caso de gestantes, mães e mulheres responsáveis por crianças e pessoas com deficiência, será analisada a possibilidade de prisão domiciliar ou a adoção de medidas alternativas à prisão.

Para os condenados, será avaliada a possibilidade de progressão de regime, incluindo a hipótese de saída antecipada. Além disso, será estudada a aplicação de regime aberto, buscando substituir a pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos para as pessoas condenadas exclusivamente por tráfico privilegiado.

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