Santa Catarina se destaca no cenário nacional do PIX por apresentar uma característica peculiar: enquanto os usuários do estado realizam menos transações que a média nacional, os valores médios das transferências estão entre os mais altos do Brasil. De acordo com a pesquisa “Geografia do PIX”, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cada usuário catarinense fez, em média, 25 transferências por mês em 2024, abaixo da média nacional de 32 operações. No entanto, o valor médio de cada transação foi de R$ 248,96, o segundo maior do país, ficando atrás apenas do Mato Grosso, onde a média foi de R$ 272,44.
A pesquisa analisou os dados do Banco Central e do Censo Demográfico de 2022 para entender o comportamento dos brasileiros em relação ao PIX. Criado em 2020, o sistema de pagamentos instantâneos movimentou mais de 26 bilhões de operações no país apenas no último ano. Em Santa Catarina, a adesão à ferramenta foi expressiva, com 60,86% da população realizando ao menos uma transação em 2024.
O estudo também identificou que a relação entre renda e o uso do PIX é um fator determinante para essas diferenças. Estados com maior poder aquisitivo, como Santa Catarina, registram um número menor de transações por usuário, mas com valores mais elevados. Já nas regiões Norte e Nordeste, onde a renda média da população é mais baixa, há uma maior frequência no uso do PIX, mas com valores médios menores. Os pesquisadores destacam que esse comportamento reflete as desigualdades regionais no Brasil, mostrando que, enquanto em algumas regiões o PIX é usado para grandes movimentações financeiras, em outras ele serve como principal ferramenta de pequenos pagamentos do dia a dia.
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