Todos os anos, desde o início da Covid-19, tem havido um aumento na atividade do coronavírus depois do Natal, do Réveillon e férias escolares. Embora muitas pessoas tenham tomado medidas antes e durante as festas de fim de ano para reduzir o risco de contrair o vírus, outras participaram em grandes reuniões, com exposição a riscos mais elevados. A UNITVSC fez um levantamento dos casos positivos em Imbituba, Laguna e Tubarão, entre os dias 3 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro de 2024 e, a situação preocupa as autoridades locais.
Em Imbituba, foram 51 casos positivos e 74 negativos no período. Vale ressaltar que a última morte ocorreu em 10 de julho do último ano, chegando a 120 óbitos. Em Laguna, a secretaria de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica, atualizou os número de casos de Covid-19 registrados entre 3 de dezembro e 6 de janeiro, totalizando 107 casos positivos. A última morte causada pelo coronavírus foi em 24 de novembro de 2023, totalizando 189 óbitos.
Em Tubarão, nas cinco semanas analisadas, foram 218 casos positivos registrados, sem óbitos. A Cidade Azul registrou desde o início da pandemia 565 mortes por Covid-19.
De acordo com o professor e pesquisador do curso de Medicina e pós-graduação em Saúde Pública da Unisul, Daisson Trevisol, embora o auge do período pandêmico tenha passado e as ocorrências de casos graves da doença tenham diminuído, é importante destacar que os diagnósticos positivos ainda ocorrem. “Felizmente já passamos pela Covid-19, mas devemos ficar atentos. Manter os hábitos de prevenção, os que se vacinaram há muito tempo devem refazer a vacina e os que não se vacinaram, procurar um posto e fazer o esquema imunológico”, reforça.
“Neste verão, aproveitar a presença de amigos e familiares requer responsabilidade, pois a saúde deve estar sempre em primeiro lugar. Por isso, é essencial manter o cuidado contínuo e a atenção aos métodos de prevenção para minimizar os riscos de contaminação”, destaca o professor.
Menos de 20% dos brasileiros tomaram a vacina bivalente contra a Covid
Quase um ano após o início da aplicação no Brasil (27 de fevereiro de 2023), a vacina bivalente contra a Covid-19 ainda tem baixa procura. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a cobertura nacional estagnou em 17%.
Atualmente, a vacina bivalente é aplicada em todos os adultos acima de 18 anos e em adolescentes acima de 12 anos com comorbidades, que são considerados grupos de risco. A bivalente só pode ser tomada por quem tomou pelo menos duas doses da monovalente. Mesmo com o fim da emergência sanitária declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Covid-19 ainda mata, principalmente as pessoas mais suscetíveis.
Calendário nacional
Neste ano, a vacina bivalente será incluída no calendário nacional de vacinação para crianças com idade acima de seis meses e menores de cinco anos. Nessa faixa etária, o esquema de vacinação contará com três doses. Aqueles que já receberam as vacinas em 2023 não precisarão repeti-las. Além desse público, a vacina também será destinada a grupos de risco, que incluem: idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores de saúde, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas com deficiência permanente, pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade e jovens cumprindo medidas socioeducativas, além de pessoas que vivem em instituições de longa permanência e seus trabalhadores.
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