Municípios da região alertam sobre o aumento no número de focos do mosquito Aedes Aegypti
Foto: Israel Costa/ PMI

Com mais de mil casos de dengue já confirmados em Santa Catarina, a Defesa Civil estadual emitiu na última semana um alerta sobre o tema. De acordo com o órgão, todo o estado está em nível alto (cor vermelha) para a contaminação.

Em Laguna, segundo o boletim de controle da dengue, são três focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, sendo dois em Cabeçuda e um no bairro Caputera. Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE).

Ao todo, a Cidade Juliana conta com cinco agentes epidemiológicos que monitoram a cada sete dias 145 armadilhas espalhadas em pontos estratégicos. Outros locais devem receber em breve mais armadilhas ao longo da semana, bem como palestras nas escolas do município.

Segundo o Programa de Combate à Dengue (PCD) , um caso de febre chikungunya foi confirmado durante o Carnaval, de um paciente vindo da Bahia.

“A situação em alguns municípios é mais complexa, como é o caso de São José e Palhoça. Precisamos intensificar as ações do Estado com esse conjunto dos municípios. Por isso, trabalharemos com ações coordenadas que ultrapassam as secretarias de saúde do estado e dos dois municípios, mas também junto com a assistência social e com as demais estruturas de governo para que a gente possa minimizar os efeitos e evitar o máximo possível óbitos causados por dengue, uma doença que você pode prevenir”, afirma Carmen Zanotto, secretária de Saúde de SC.

Imbituba registrou desde o início do ano 31 focos do mosquito Aedes Aegypti e um caso de dengue já foi confirmado no município. Até esta segunda-feira (13) a região da Amurel, somava 148 focos.

Comparando os dados com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 394%. Os municípios com focos até o momento são: São Ludgero (64); Imbituba (31); Tubarão (40); Braço do Norte (7); Laguna (3); Gravatal (1); São Martinho (1); Pescaria Brava (1). 

Dengue

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dor no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes. Na presença desses sintomas, o paciente deve procurar o serviço de saúde o mais breve possível para evitar o agravamento do quadro.

Apesar de não haver um medicamento específico contra o vírus da dengue, o diagnóstico precoce é muito importante para reduzir o risco de dengue grave e de morte pela doença. A hidratação é o principal tratamento contra a dengue.

Prevenção

– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;

– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

– Mantenha lixeiras tampadas;

– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

– Mantenha ralos fechados e desentupidos;

– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;

– Retire a água acumulada em lajes;

– Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;

– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;

– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.