Um escândalo prisional surpreendeu as autoridades de Santa Catarina, quando a troca de imagens íntimas entre dois detentos resultou na descoberta de uma câmera fotográfica e aparelhos celulares clandestinos. A revelação veio à tona, após uma denúncia anônima apontar que um dos detentos estava negociando objetos com outro preso por meio de um buraco na parede que separava a oficina da rouparia.
Agentes penitenciários agiram após a denúncia e realizaram uma minuciosa revista no local mencionado, onde depararam-se com os equipamentos ilícitos e as imagens íntimas dos envolvidos. O caso rapidamente ganhou notoriedade e foi encaminhado à Vara de Execuções Penais, após um processo administrativo.
De acordo com a lei, ele perdeu um terço dos dias de sentença perdoados, teve sua data-base para cumprimento de pena alterada e permaneceu sob regime fechado. Em uma tentativa de reverter a decisão, o detento apelou ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, alegando não ter feito o buraco na parede e negando ser o proprietário dos dois celulares.
Entretanto, de acordo com o processo, o detento admitiu apenas que encontrou a câmera fotográfica com a qual tirou fotos de si mesmo nu, alegando que posteriormente outra pessoa fez o mesmo. Ele ressaltou que a transferência dos equipamentos ocorria por meio de uma janela entre as galerias. A Justiça, ao analisar o caso neste mês, discordou dessa versão e retirou as regalias previstas na legislação das quais o homem era beneficiário.
Na abertura do buraco encontrado pelos agentes do presidio de Blumenau, que supostamente era de difícil visualização de ambos os lados, foi descoberta também uma carta de outro interno, além de um monitor com leitor de DVD dentro de uma caixa de madeira trancada com cadeado. O processo relatou a presença de conteúdo pornográfico nessa caixa, aumentando ainda mais a gravidade do caso.
As autoridades estão agora investigando como esses objetos ilícitos foram parar nas mãos dos detentos e se há outras pessoas envolvidas no esquema.
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