FLAMA, Prefeitura de Laguna, MPF e órgãos ambientais avançam em solução para o loteamento Itapirubá

Uma reunião realizada no dia 19 de novembro, na Prefeitura de Laguna, avançou nas tratativas para a solução do loteamento Itapirubá Internacional e da Ação Civil Pública que discute ocupações em área de preservação permanente na Praia de Itapirubá Sul. O encontro ocorreu no gabinete do prefeito e reuniu representantes do MPF, FLAMA, ICMBio, além do empreendedor e das equipes técnica e jurídica do Município.

Licenciamento corretivo como principal instrumento

A reunião foi conduzida pelo presidente da FLAMA, Celso Albuquerque, que destacou o licenciamento ambiental corretivo como ferramenta central para a regularização do empreendimento. A Fundação já estabeleceu o processo, elaborou um Termo de Referência com exigência de estudo ambiental em nível de EIA/RIMA e trabalha para reunir em um único procedimento as informações técnicas e jurídicas necessárias.

Segundo a equipe técnica da Fundação, a estratégia é a forma mais segura e eficiente para enfrentar o passivo ambiental relacionado ao loteamento.

Demanda por proposta detalhada

O procurador da República, Dr. Demerval Ribeiro Vianna Filho, reforçou a necessidade de o empreendedor apresentar uma proposta mais detalhada, definindo claramente:

  • uso e ocupação do solo;
  • áreas de preservação;
  • recuperação de áreas degradadas;
  • medidas de compensação ambiental.

Ficou acordado que o empreendedor Itapirubá Internacional Empreendimentos e Participações Ltda. apresentará o aprimoramento da proposta, com especificações sobre áreas regularizáveis, áreas de preservação integral e planejamento de infraestrutura. Também deverá ser solicitado novo sobrestamento da ação judicial.

Encaminhamentos e próximos passos

O prefeito Peterson Crippa destacou a complexidade social, ambiental e territorial do caso, além do papel técnico da FLAMA. Entre os encaminhamentos definidos estão:

  • atualização conjunta do Termo de Referência do licenciamento corretivo, com revisão do MPF;
  • nova reunião após a entrega da proposta aprimorada;
  • continuidade da fiscalização ambiental pela FLAMA;
  • manutenção da proibição de obras sem autorização judicial e dos órgãos competentes.

O movimento articulado entre Município, FLAMA, MPF, ICMBio e o empreendedor busca garantir segurança jurídica, responsabilidade socioambiental e proteção das áreas de preservação permanente da região de Itapirubá.