No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado em 24 de março, os números da doença em Santa Catarina chamam a atenção. Em 2024, o estado registrou 2.339 novos casos, com uma taxa de 29 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
O Brasil segue como o país com mais casos notificados nas Américas, e a tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais letais do mundo. Globalmente, mais de 4 mil pessoas morrem por dia devido à doença, enquanto outras 30 mil adoecem.
Faixas etárias mais afetadas e coinfecção com HIV
A tuberculose atinge principalmente pessoas entre 20 e 49 anos, sendo 67,7% dos casos em homens. Além disso, 14,3% dos infectados também possuem HIV, o que agrava o quadro clínico e demanda mais atenção no tratamento.
Sintomas e transmissão
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outras partes do corpo, como ossos, rins e cérebro. A transmissão ocorre pelo ar, por meio de tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
Os principais sintomas incluem:
- Tosse persistente por mais de três semanas
- Febre, geralmente no período da tarde
- Suor noturno excessivo
- Falta de apetite e perda de peso
A orientação para quem apresentar esses sinais é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação e realização de exames.
Prevenção e tratamento
A vacina BCG faz parte do calendário vacinal e protege contra as formas graves da tuberculose, mas não impede a transmissão da doença. Além disso, pessoas que tiveram contato próximo com infectados devem ser examinadas para um possível diagnóstico precoce.
O tratamento, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dura seis meses e precisa ser seguido até o fim para evitar o risco de resistência aos medicamentos e novas transmissões. Mesmo com orientações médicas, o abandono do tratamento ainda é um problema recorrente.
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