O número de trabalhadores por aplicativo no Brasil aumentou 25,4% entre 2022 e 2024, alcançando 1,7 milhão de pessoas, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (17).
O levantamento mostra que o grupo representa 1,9% dos 88,5 milhões de trabalhadores ocupados no país. Em 2022, essa proporção era de 1,5%. A pesquisa indica que o crescimento está relacionado à busca por renda extra e à flexibilidade de horários oferecida por esse tipo de trabalho.
O transporte particular de passageiros, como o feito por motoristas de aplicativo, lidera entre as atividades, reunindo 58% dos trabalhadores, seguido por entregadores (29%) e prestadores de serviços profissionais (18%).
Entre os plataformizados, 71,1% atuam de forma informal, proporção muito superior à média nacional (44,3%). O IBGE aponta que 86% trabalham por conta própria, enquanto apenas 3,2% têm carteira assinada.
O estudo mostra ainda que 83,9% dos trabalhadores de aplicativos são homens, e quase metade (47,3%) tem entre 25 e 39 anos. O Sudeste concentra a maior parte dessas pessoas (53,7%).
O levantamento, feito em parceria com a Unicamp e o Ministério Público do Trabalho (MPT), é considerado experimental e ainda não inclui plataformas de hospedagem ou comércio eletrônico.
O tema também está em debate no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve decidir em novembro se há vínculo empregatício entre motoristas e empresas de aplicativo.






