O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta terça-feira (7), em Brasília, a criação de 5 mil novas vagas em cursos de universidades e institutos federais voltados à inovação e tecnologia. As oportunidades estarão disponíveis a partir do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e contemplarão áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).
Brasil quer ampliar presença em áreas tecnológicas
Durante a abertura do Festival Internacional sobre Tecnologia e Sustentabilidade na Indústria – Curicaca, realizado no Estádio Nacional Mané Garrincha, o ministro destacou que a iniciativa busca alinhar o Brasil ao “novo mundo do trabalho”, marcado pela inteligência artificial e avanços tecnológicos.
“As universidades estão oferecendo um novo programa de STEM, com cursos em biotecnologia, engenharia, robótica e inteligência artificial. Vamos ofertar no novo Enem cursos conectados com o mundo da inovação e da ciência”, afirmou Camilo Santana.
O ministro também anunciou o lançamento de um edital para fortalecimento dos núcleos de inovação tecnológica das universidades, com recursos públicos voltados à capacitação e à conexão entre ciência, empresas e sociedade.
Semana da Educação Profissional e Tecnológica
O Festival Curicaca ocorre em conjunto com a 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (SNEPT), que também começou nesta terça-feira. Camilo Santana destacou a importância da nova Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (PNEPT) e do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permitirá a criação de novas matrículas em cursos técnicos a partir da renegociação de dívidas estaduais com a União.
“A meta é criar três milhões de novas matrículas no ensino técnico profissionalizante para a juventude brasileira, alcançando o nível de países desenvolvidos”, ressaltou o ministro.
Expansão dos institutos federais
O MEC também planeja construir 104 novos institutos federais e 270 restaurantes estudantis em todo o país, ampliando o acesso à educação técnica e superior pública.
Além disso, será criado um grupo de trabalho para revisar as relações entre as universidades e suas fundações de apoio, responsáveis por captar recursos externos e viabilizar projetos de ensino, pesquisa e extensão.
Camilo Santana concluiu sua fala reafirmando o papel estratégico da educação pública no desenvolvimento nacional:
“Noventa por cento das pesquisas no Brasil são feitas por instituições públicas. Defender um país soberano é defender a educação, a ciência e a tecnologia.”






