As duas famílias que tiveram suas residências interditadas após a queda de um muro de contenção da Estação de Tratamento de Água (ETA), em Tubarão, seguem hospedadas em hotéis e esperando a autorização da Defesa Civil pra voltarem pra casa. O desmoronamento atingiu parte de uma casa na terça-feira (19) da semana passada. O segundo imóvel foi interditado preventivamente.
Conforme Djama Alves, coordenador da Defesa Civil de Tubarão, o local ainda apresenta riscos. “O muro daquele local tem mais de cinco metros de altura, então se ele vir abaixo, aquele pedaço que está em pé, com certeza atingirá a residência. Então, para garantir a integridade física dos ocupantes da residência é que foi retirado preventivamente até que o local ateste, com certeza, 100% de segurança”, diz.
A Tubarão Saneamento, empresa responsável pelo abastecimento de água no município, tem até o dia 9 de novembro para entregar um laudo para a Defesa Civil e para a Agência Reguladora de Saneamento (AGR). O órgão fiscalizador também determinou a limpeza do local e um estudo aprofundado de todas as estruturas da ETA.
“Com esse colapso que houve no muro, pode ter interferido nos demais equipamentos que estão instalados lá. Por isso, a gente solicitou os laudos dos equipamentos que tem lá em cima daquela estrutura, daquele grande talude, pra gente ter certeza que não foi afetado ou que estão com algum eventual problema que poderão ser afetados em uma situação parecida com o que aconteceu. Porque houve esse colapso naquele trecho do muro. Será que isso não vai se repetir nos demais trechos do muro? Então a gente precisa ter segurança do muro e também daquela estrutura”, explica o superintendente-técnico da AGR, Rafael Marques.
Depois que a Tubarão Saneamento entregar os laudos dos estudos solicitados pelos dois órgãos, a AGR também deve contratar técnicos para fazer outro laudo. Ele deve ser comparado com o estudo entregue pela concessionária.
“A partir do momento que a gente tiver um laudo conclusivo, bem como da limpeza e do que será feito naquele local – se haverá uma reconstrução ou uma demolição total para depois a execução de uma nova obra –, é que nós podemos, em conjunto com a AGR e a Tubarão Saneamento, liberar o acesso das pessoas naqueles imóveis”, pontua Djalma.
Procurada, a Tubarão Saneamento não quis gravar entrevista. A concessionária se limitou a dizer que ainda não recebeu o laudo do estudo. Afirmou ainda que está auxiliando as famílias das duas casas afetadas pela queda de parte do muro. Os moradores desalojados estão em hotéis pagos pela empresa.