A Justiça recebeu a denúncia e tornou réus as três pessoas acusadas pelo assassinato da jovem Amanda Abach Silva, de 21 anos, ocorrido em novembro de 2021, na praia de Itapirubá Norte, em Imbituba. O trio, dois irmãos e a companheira de um deles, estão presos preventivamente.
Os réus da ação penal responderão pelos crimes de cárcere privado, tortura, homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver. A ação penal tramita na 2ª Vara da comarca de Imbituba.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), no dia do crime, os denunciados teriam cerceado a liberdade da vítima por cerca de oito horas, período em que a garota foi mantida em uma residência sob a mira de um revólver. O trio teria constrangido a vítima, por acreditar que ela seria integrante de um grupo criminoso, que teria participado de uma emboscada contra eles, e por isso exigiam a senha de seu celular.
A jovem, ainda teria sido forçada a enviar uma mensagem aos familiares, com informação inverídica de que naquela noite partiria para sua terra natal, já com o objetivo de dificultar futuras investigações sobre o crime. Na sequência, ela foi levada até a praia, onde recebeu um disparo de arma de fogo que lhe causou a morte. Seu cadáver foi ocultado no mesmo local.
Segundo o que foi apurado, a vítima seria amiga dos réus e teria vindo do Paraná, onde morava, passar o feriado de 15 de novembro na casa em que a acusada, que era sua amiga, morava com o companheiro e o cunhado. Amanda e os suspeitos, no dia 14 de novembro, foram a uma festa em Florianópolis.
Ao retornarem para Laguna, já no dia 15, os três denunciados mantiveram a vítima sob cárcere privado na casa, pois passaram a desconfiar que Amanda teria envolvimento com uma facção criminosa e participaria de uma emboscada contra eles.
Na semana passada, o suspeito que estava em prisão temporária e a companheira e o irmão dele – que chegaram a ser presos temporariamente, mas haviam sido liberados no decorrer das investigações – tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça após pedido da Polícia Civil. A mulher e o homem que estavam livres foram presos na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (21).