Nesta terça-feira, dia 30 de abril, é dia de homenagear um profissional que tem forte ligação com o desenvolvimento de Tubarão: o Ferroviário.
A data recorda o dia da inauguração, em 1854, da Estrada de Ferro Petrópolis. Também conhecida como Estrada de Ferro Mauá, foi a primeira linha de ferro brasileira, inaugurada com uma viagem que contou com a presença do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Tereza Cristina.
O início da relação de Tubarão com o modal ferroviário ocorreu, no entanto, 30 anos depois. A Estrada de Ferro Donna Thereza Christina (EFDTC) foi inaugurada em 1º de setembro de 1884 e, para funcionar, contou, desde os primeiros apitos da Maria Fumaça, com o trabalho árduo e fundamental dos Ferroviários, trabalhadores que dedicam suas vidas ao transporte ferroviário.
Durante alguns anos, o trem foi o principal meio de transporte utilizado no Brasil. Era por meio das ferrovias que as mercadorias chegavam aos consumidores, bem como aos portos. O desenvolvimento das ferrovias foi gradual até a década de 20, quando começou a perder espaço para o setor rodoviário.
Mas, ainda hoje, o município de Tubarão mantém grande respeito pela atividade ferroviária. No bairro Oficinas – que recebeu este nome por ser sede das “oficinas” da Ferrovia – existe a rua dos Ferroviários, uma demonstração do carinho pela categoria. Ainda, a própria localidade cortada pela rua dos Ferroviários é conhecida como Vila dos Ferroviários.
Também em Oficinas fica o Museu Ferroviário de Tubarão, espaço dedicado à preservação da história da ferrovia do sul catarinense e, também do Brasil. Omaior acervo de locomotivas a vapor da América Latina é composto por máquinas a vapor, das quais 80% rodaram nos trilhos da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, vagões, documentos e outros objetos utilizados no transporte ferroviário.
O Arquivo Público e Histórico Amadio Vettoretti de Tubarão preserva também a memória dos ferroviários. Lá, estão guardados muitas fotos da época, livros e documentos, como cópia do Decreto n° 6.343, de 20 de setembro de 1876, que autoriza a Companhia da Estrada de Ferro Thereza Christina a funcionar no Império. O acervo é mais um importante reconhecimento ao legado construído pela Ferrovia e pelos Ferroviários.
Com apoio do Arquivo Público e Histórico de Tubarão Amadio Vittoretti – Departamento da Fundação Municipal de Cultura
Pesquisa histórica e entrevista: Jucinéia Torres Corrêa (Diretora) e Márcia Benedetti Ingracio (Monitora de Pesquisa).