Os professores da rede municipal de ensino de Jaguaruna fizeram uma manifestação em frente a prefeitura na manhã desta quinta-feira (10). Os servidores da educação cobram o cumprimento do piso nacional da categoria e a valorização do plano de carreira.
O protesto teve início por volta das 8h em frente à sede do SINSERJ (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Jaguaruna). De lá, os professores se dirigiram até a prefeitura, onde cobraram um posicionamento da administração municipal sobre a reivindicação.
Com cartazes, faixas e vestindo roupas pretas, cerca de 120 professores do município participaram do ato. De acordo com o SINSERJ, as negociações iniciaram em novembro do ano passado e até agora não houve avanço. Uma contraproposta chegou a ser enviada ao município no início desta semana, porém também não obtiveram resposta.
“A gente sabe que o piso é lei federal. O prefeito tem que cumprir. Nós queremos, junto ao piso, trabalhar a nossa carreira. Quanto que um professor com piso vai ganhar com faculdade? Com pós-graduação? A proposta do município não valoriza o professor com faculdade. Nós não entendemos que isso é valorização. Enquanto ele não sentar com a categoria, nós vamos persistir em cobrar para que ele converse com a gente, junto com o contador, e nos passem os dados para a gente se convencer de que essa é a matemática possível da prefeitura”, explica Zaine Alves Goulart, presidente do SINSERJ.
Após a manifestação, a prefeitura de Jaguaruna confirmou que vai se reunir com representeastes dos professores municipais na próxima terça-feira (15), às 9h. A reunião terá a presença do prefeito Laerte Silva (PSC).
A administração municipal também emitiu uma nota afirmando que não houve falta de diálogo, nem negativa por parte do chefe do poder executivo com relação a concessão do piso à categoria.
“O que está ocorrendo é uma tentativa por parte do município de negociar um aumento real aos professores que impactará numa alteração do plano de carreira, que inclusive, enseja revisão há anos”, diz trecho do comunicado.
Integra da nota
O município de Jaguaruna esclarece com relação a manifestação dos professores ocorrida nesta data que as tratativas com a categoria vêm sendo realizadas desde que houve a alteração do piso do magistério pelo Presidente.
Registramos que não houve falta de diálogo nem negativa por parte do chefe do Poder Executivo com relação a concessão do piso à categoria.
O que está ocorrendo é uma tentativa por parte do município de negociar um aumento real aos professores que impactará numa alteração do plano de carreira, que inclusive, enseja revisão há anos.
Na proposta apresentada pela administração à Presidência do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal, o município concederia o piso salarial a toda categoria de professores e haveria ainda profissionais de carreira que teriam um ganho real no salário base superior ao piso do magistério.
Por essa razão, considerando que a administração municipal tem a necessidade de ponderar a situação da classe do magistério com os demais servidores, e tendo em vista que todos os professores receberão aumento salarial, alguns passarão a receber até mais que o piso salarial, esta municipalidade informa que dentro das condições econômicas atuais este é o acordo mais viável, respeitando-se, ainda, os limites impostos pela LRF.
Frisamos que uma grande parte dos professores efetivos de carreira recebem além do valor do piso, pois há o salário base (piso) somado às demais vantagens (triênio, gratificação de curso e regência de classe).
Protesto em Capivari de Baixo
Nesta quarta-feira (9), mais de 200 professores da rede municipal de ensino de Capivari de Baixo também realizaram uma manifestação simbólica. Eles trabalharam vestindo preto em protesto cobrando reajuste salarial e o cumprimento do Piso Nacional da categoria.
De acordo com o SINTERMUT (Sindicato dos Trabalhadores na Área da Educação da Rede Municipal de Tubarão e Capivari de Baixo), os professores aguardam uma resposta da administração municipal desde janeiro.
Na próxima segunda-feira (14), às 19h, está prevista uma assembleia geral da categoria em frente à prefeitura. Uma possibilidade de greve até um acordo com o município não está descartada.
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