Depois de um hiato de 18 anos, o espetáculo Tomada de Laguna será retomado este ano. A apresentação teatral vai reunir cerca de 200 atores e figurantes e será apresentado de 21 a 24 de setembro, nas docas do Centro Histórico de Laguna. A edição deste ano foi oficialmente lançada na noite de sexta-feira (15), no Cine Mussi.
No evento, foi anunciado que a atriz lagunense Lize Souza vai dar vida a Anita Garibaldi. Ela já interpretou a heroína em outras produções. Já o revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi será interpretado pelo ator gaúcho Werner Schünemann, que também já deu vida ao personagem em outras oportunidades, inclusive na Tomada.
“Esse é um dos espetáculos mais legais dos quais já participei e estou ansioso em retornar”, disse o ator, que participou por vídeo do evento. A noite de lançamento foi abrilhantada por uma apresentação dos tenores João Rodrigues Junior, Gero Perito e Neusa Preuss, e pelas Guardiãs de Anita.
A venda dos ingressos também foi iniciada na sexta-feira. Ao preço de R$ 50, a compra dos tickets será feita exclusivamente pela internet, através da plataforma Minha Entrada. O primeiro ingresso, inclusive, foi vendido durante o evento.
Retorno às origens
O espetáculo retorna com seu formato original pensado em 1999, quando ocorreu a primeira apresentação. A produção é organizada pelo Instituto Cultural Anita Garibaldi (CulturAnita).
A Tomada de Laguna não relembra apenas os feitos republicanos de 1839, mas conta como surgiu um dos maiores romances revolucionários da história mundial: o amor entre Ana Maria de Jesus Ribeiro e Giuseppe Garibaldi.
“A Tomada de Laguna é um evento do qual nos orgulhamos muito em promover e participar. Todos que aqui estão conhecem a importância desse espetáculo e sabem da responsabilidade que é fazer essa tão importante encenação”, diz o presidente do CulturAnita, Milton Cavalcante.
O fomento para financiar a edição deste ano veio através de convênios firmados pelo CulturAnita com a prefeitura e com o Governo do Estado de Santa Catarina, num total de R$ 662 mil.
Para o diretor do instituto, Adílcio Cadorin, o momento é simbólico. “Depois de 18 anos, a cidade voltará a se reencontrar com sua própria história e tem como palco, o Centro Histórico onde, em 1839, foi proclamada a República Catarinense”, comenta.