Operação Mensageiro: Audiência expõe acusações contra prefeito de Pescaria Brava Deyvisonn de Souza
Foto: Redes sociais

Na segunda-feira (6), foi realizada em Joinville a audiência de instrução da Operação Mensageiro, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a coleta de lixo em municípios do Estado. Durante a audiência, delegados e policiais que participaram das diligências forneceram informações sobre a participação do prefeito de Pescaria Brava, Deyvisonn da Silva de Souza (MDB).

Ao todo, seis testemunhas foram ouvidas, entre os relatos, surgiu a acusação de que o político teria visitado um aterro sanitário da cidade para receber uma das parcelas de propina no esquema. No entanto, a defesa do prefeito alega falta de provas e insiste na sua inocência.

As investigações apontaram que Deyvisonn teria recebido uma quantia de R$ 15 mil no final de 2016, antes mesmo de assumir o cargo de prefeito, com o objetivo de favorecer a empresa Serrana Engenharia. Posteriormente, ele teria continuado a receber pagamentos mensais de R$ 3 mil, efetuados a cada cinco ou seis meses. Embora o prefeito de Pescaria Brava não tenha sido flagrado recebendo propina, durante uma busca em sua residência foram encontrados R$ 10 mil em dinheiro. Além disso, o nome da prefeitura constava em uma planilha de pagamentos ilícitos mantida pela Serrana Engenharia.

Durante o depoimento, o delegado do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Welliton Marlon Bosse, esclareceu que não houve flagrante do prefeito recebendo propina, mas os indícios encontrados levantam suspeitas. Dois números de telefone atribuídos a Deyvisonn apareceram nos registros de seis dos 14 celulares utilizados pela pessoa apontada como responsável pelos pagamentos de propina, conhecida como “Mensageiro”. Segundo o delegado Fabiano dos Santos Silveira, do Gaeco, esses telefones eram utilizados exclusivamente para tratar das transações ilícitas.

A localização dos celulares também revelou que Deyvisonn esteve em Joinville em três ocasiões e que sua conexão foi rastreada próxima à sede da Serrana Engenharia.

Nesta terça-feira, dia 6, está prevista uma nova audiência no fórum de Joinville para ouvir 12 testemunhas relacionadas ao caso do prefeito afastado de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa, que foi preso durante a segunda fase da Operação Mensageiro.

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