Campanha alerta para ameaça de retorno da paralisia infantil
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A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou nesta segunda-feira (22), a campanha Paralisia Infantil – A Ameaça Está de Volta, para estimular a adesão à campanha de vacinação contra a poliomielite, que está sendo realizada desde o dia 8 de agosto em todo o país.

O Brasil tem registrado queda de coberturas vacinais desde 2015. No caso da poliomielite, a preocupação de pesquisadores é que o movimento de queda coincide com o ressurgimento de casos em locais em que a doença já estava erradicada, como Estados Unidos, Malawi e Israel. No Brasil, o último caso confirmado foi em 1989.

Estima-se que três em cada 10 bebês brasileiros nascidos em 2021 não tomaram as doses da vacina intramuscular contra a pólio, previstas para os 2, 4 e 6 meses de idade. A proteção contra a doença também requer doses em gotinhas aos 15 meses e aos 4 anos de idade, e, segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, somente 54% das crianças completaram o esquema vacinal no ano passado, enquanto a meta que deve ser atingida para garantir a imunidade coletiva é de 95% das crianças vacinadas.

O mais importante é que as crianças que não foram vacinadas sejam levadas aos postos, mas os pais daquelas que estão com a imunização em dia também podem levá-las para receber um reforço na proteção.

A infecção pelo poliovírus pode causar sequelas e levar à morte. Embora a maioria das pessoas que contrai o vírus não apresente sintomas, as infecções podem levar à paralisia irreversível em algum dos membros, sendo as pernas acometidas com maior frequência. Entre os pacientes que sofrem de poliomielite paralítica, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.