Ex-PM de Tubarão condenado por chacina é localizado e preso em Laguna
Foto: MP-RS

O ex-policial militar condenado por matar cinco pessoas da mesma família em Porto Alegre (RS), foi localizado e preso pela polícia nesta segunda-feira (11), em Laguna. Segundo a Polícia Militar, o homem estava escondido em um apartamento no bairro Mar Grosso.

O crime aconteceu em junho de 2016. Entre as vítimas, estavam a mulher com quem mantinha relacionamento e o filho dos dois, uma criança recém-nascida.

O ex-policial é Ronaldo dos Santos, de 57 anos. Ele era subtenente da reserva e morava em Tubarão quando cometeu os crimes. Após ser condenado, Ronaldo foi expulso da corporação.

Segundo a Polícia Militar, o ex-PM estava foragido da Justiça há cerca de dois anos, desde o julgamento que o condenou pelos assassinatos. Após ser preso, ele foi conduzido à Unidade Prisional de Laguna e colocado à disposição da Justiça.

Sobre o crime

Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), quatro pessoas foram assassinadas com um tiro de revólver calibre 22 na cabeça, e o bebê morreu por asfixia. Os corpos das vítimas foram encontrados no dia 2 de junho de 2016 em adiantado estado de decomposição no interior de uma casa no bairro Jardim Itu-Sabará, zona norte de Porto Alegre.

As vítimas foram: Lourdes Felipe, 64 anos, seus filhos Walmyr Felipe Figueiró, 29, e Luciane Felipe Figueiró, 32, além dos netos João Pedro Figueiró, cinco anos, e Miguel, de um mês; todos assassinados dentro da residência.

Conforme a denúncia do MP-RS, a chacina foi praticada mediante surpresa, já que as vítimas estavam em casa e foram surpreendidas pela ação violenta do denunciado, previamente armado. Todos acreditavam se tratar de uma visita amistosa, já que poderia querer visitar o filho – ele morava em Tubarão. Para garantir as mortes, Ronaldo dos Santos deixou o gás do fogão ligado.

De acordo com o MPRS, o denunciado já havia tentado eliminar Luciane e o bebê através de outras pessoas, que não aceitaram cometer os crimes. Ele não aceitava a paternidade de Miguel, fruto de um relacionamento extraconjugal e por pensar que a mãe do bebê se aproveitaria do fato de terem um filho em comum para exigir-lhe dinheiro.

Com a intenção de fazer parecer que a motivação do crime pudesse ter ligação com o tráfico de drogas, o PM colocou 10 pacotes de maconha e cocaína sob o corpo de Walmir, que seria dependente químico.