Santa Catarina enfrentou uma grave crise de saúde pública em 2024, com a dengue causando, em média, uma morte por dia. Até o início deste mês, 340 óbitos foram registrados, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-SC). A situação é ainda mais alarmante quando se considera que apenas 16% das crianças e adolescentes aptos a receber a vacina foram imunizados no estado.
Dengue em Tubarão: números preocupantes
Em Tubarão, os dados refletem a gravidade da situação: o município contabilizou 147 casos confirmados, sendo 112 autóctones, além de um óbito. Até o momento, 830 notificações foram registradas, com 679 casos descartados e outros quatro ainda sob investigação.
O avanço do mosquito Aedes aegypti também é motivo de alerta. A cidade identificou 363 focos, concentrados principalmente nos bairros Oficinas (125), Centro (48) e Vila Esperança (37). Apesar do número expressivo, as ações de combate têm conseguido evitar internações graves; atualmente, nenhum paciente encontra-se hospitalizado por dengue.
Jaguaruna redobra vigilância
Em Jaguaruna, o aumento de focos do Aedes aegypti também chamou atenção. Somente na última semana, dois novos focos foram identificados no Centro, elevando o total anual para quatro. As autoridades locais intensificaram o mapeamento e a eliminação dos criadouros, com apoio das Agentes Comunitárias de Saúde.
Gravatal mobiliza a população
Em Gravatal, a prefeitura realizou um mutirão de limpeza nos arredores da Praça dos Direitos Humanos, nas Termas. A ação resultou na coleta de 30 quilos de resíduos descartados de forma inadequada, como garrafas plásticas, restos de construção e outros materiais que poderiam acumular água parada.
A agente de endemias Simone Isidoro Constantino destacou a importância do descarte correto e adiantou que novas ações serão realizadas, com foco na conscientização dos moradores. “Precisamos da colaboração de cada cidadão para evitar o acúmulo de água parada, principal ambiente de proliferação do mosquito”, afirmou.
Cenário estadual e alerta para o Verão
O estado enfrenta um desafio duplo: o baixo índice de vacinação e a intensificação da proliferação do mosquito com a chegada do Verão. Até agora, apenas 16,7% do público-alvo completou o esquema vacinal com duas doses, enquanto 39% tomou a primeira dose. A meta do Ministério da Saúde é alcançar 90% de cobertura vacinal.
O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), João Augusto Brancher Fuck, alerta que a combinação de chuvas e temperaturas elevadas favorece o aumento de casos. “Este é o momento de prevenir. Precisamos da colaboração de todos para evitar uma epidemia nos próximos meses”, enfatizou.
Ações nacionais e mobilização no Dia D
Para reforçar as medidas de combate, o governo federal promove neste sábado (14) o Dia D de mobilização contra a dengue. A proposta é engajar a população em práticas simples, como eliminar criadouros de mosquitos, além de conscientizar sobre a importância da vacinação e do cuidado com a saúde coletiva.
Com mais de 6,7 milhões de casos e 5.950 mortes confirmadas no país em 2024, o combate ao Aedes aegypti precisa ser uma prioridade compartilhada por toda a sociedade.
A população pode contribuir evitando acúmulo de água parada em seus quintais e participando das campanhas de vacinação. A união de esforços é essencial para enfrentar este grave problema de saúde pública.
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