O governo de Santa Catarina declarou situação de emergência em saúde pública por conta da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que tem elevado internações e procura nos hospitais e postos de saúde. A informação consta em edição extra do Diário Oficial do Estado publicada na noite de segunda-feira (29).
“Este decreto está seguindo as orientações da Portaria Ministerial 3556, do dia 18 de abril, que institui em caráter excepcional e temporário um incentivo financeiro para atendimento de crianças com síndrome respiratória aguda grave, dentro da Atenção Especializada do Sistema Único de Saúde. Nós temos acompanhado diariamente a taxa de ocupação dos nossos leitos de UTI neonatal, adultos e pediátricos. Não há falta de leitos de UTI, graças à ação que foi determinada pelo governador Jorginho Mello ainda em 2023, ampliando até agora em 163 leitos de UTI em Santa Catarina. Mas mesmo com toda esta abertura de leitos, a gente tem uma taxa de ocupação acima de 90%”, explica a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto
O decreto nº 574, de 29 de abril de 2024, publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado desta segunda, foi necessário devido a existência de situação anormal em virtude da Síndrome Respiratória Aguda Grave em Santa Catarina. Esta ação está baseada em indicadores epidemiológicos que apontam para o aumento expressivo nos índices de internações em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e adulto, e da consequente superlotação dos centros de atendimento, caracterizando elevado risco sanitário para a população.
Também fazem parte das ações de enfrentamento das doenças respiratórias a ampliação da vacina contra a Influenza para crianças até os 12 anos. “Estamos tomando todas as medidas possíveis para ampliar a cobertura vacinal da gripe, porque já detectamos que 80% da taxa de ocupação dos leitos de UTI são de crianças de 0 a 12 anos com síndrome respiratória aguda grave. Assim como a dengue chegou antes no país como um todo, as doenças respiratórias também estão se estabelecendo nos estados com antecedência. Por isso, o nosso apelo para a vacinação das crianças de 6 meses a 12 anos para que possamos aumentar a cobertura vacinal que está em 32% e assim reduzir a procura dos pacientes nos postos de saúde, nas UPAs e nas emergências dos hospitais. A vacina está disponível até o dia 31 de maio para o público prioritário, que são gestantes, puérperas, professores, profissionais da segurança pública, população com 60 anos ou mais, população com 6 meses de idade a 12 anos. Precisamos aumentar a cobertura vacinal e proteger ainda mais a nossa população”, reforça Carmen Zanotto.
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