O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. No meio desta estatística, está Vanessa Casi, terapeuta especializada em Terapia Emocional Sistêmica.
Vanessa não apresentava sintomas, não tinha histórico familiar e se considera uma mulher com estilo de vida saudável. Ela descobriu o câncer ano passado, aos 44 anos, depois de amamentar o filho Caian e sentir alterações no seio.
“Não sabemos que existem tipos de câncer de mama com nódulos impalpáveis, que foi o meu caso. Se tivesse esperando para descobrir no autoexame, provavelmente, quando fosse diagnosticado, já estaria em autorisco devido a um câncer muito agressivo”, avalia.
Vanessa passou a contar sua experiência, na tentativa de ajudar outras mulheres, pelas redes sociais. As postagens já ultrapassam cinco milhões de visualizações.
“Devo minha vida aos profissionais da Unimed, com atendimento de primeira classe. Mas não podemos descartar o SUS como assistência em saúde, que tem um ótimo atendimento. O SUS ainda peca é nessa trajetória da descoberta até a porta de entrada do tratamento. Esse período é que ainda se demora muito e muitas mulheres, infelizmente, acabam perdendo sua chance de lutar pela vida devido a essa espera”, afirma.
Vanessa fez vídeos sobre sua cura que continuam viralizando na internet, esbanjando alegria e emoção ao pegar o resultado da biópsia depois da mastectomia radical que é a remoção total dos seios.
O resultado voltou como negativado, sem resquícios de células cancerígenas. No entanto, segundo ela, os médicos não falam em cura, mas em remissão, com o tratamento ainda em acompanhamento médico por, pelo menos, sete anos.