La Niña de fraca intensidade pode impactar Santa Catarina até abril
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Meteorologistas da Epagri/Ciram e da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC) divulgaram uma nota, nesta terça-feira (14), conjunta atualizando a previsão sobre as características do La Niña, que deverá ocorrer entre fevereiro e abril deste ano. O evento, caracterizado pelo frio das águas no Oceano Pacífico Equatorial, impacta a atmosfera, trazendo chuvas irregulares e acumulados próximos ou abaixo da média , especialmente no Grande Oeste catarinense.

Embora a aparência seja considerada como de fraca intensidade e curta duração , ele ainda poderá influenciar as condições climáticas durante o verão e o início do outono, segundo os meteorologistas.

Agricultura em alerta para impactos climáticos

A estimativa do nível observado no Oeste catarinense desde dezembro já traz reflexos na agricultura. Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, alerta para o déficit hídrico enfrentado pelas produtividades de soja da segunda safra.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Arquivo/Secom

“As lavouras estão dentro da janela ideal de semeadura, mas a falta de chuvas pode atrasar o plantio e reduzir o potencial produtivo”, explica Haroldo. Ele recomenda que os agricultores monitorem a previsão do tempo nos próximos 15 dias para planejar a continuidade da semeadura.

Já a cultura do milho, cuja colheita está em andamento, apresentou pouca interferência da estimativa, com produtividade garantida garantida até o momento.

O que é La Niña?

Desde julho, o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial é monitorado, mas intensificado em dezembro, com temperaturas registrando até 0,7°C abaixo da média, segundo dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA).

Para que a La Niña se consolide, é necessário que o resfriamento permaneça abaixo de -0,5°C por meses consecutivos. Modelos climáticos indicam que essa condição deve persistir até abril, com a normalização das temperaturas logo em seguida.

Secas e precipitações irregulares em 2024

O Índice Integrado de Secas, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden), aponta que as regiões Oeste e Planalto Sul de SC enfrentaram dificuldades secas moderadamente em dezembro. O cenário resultante de chuvas irregulares durante o segundo semestre de 2024, com acumulações abaixo da média climatológica em diversos meses.

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