Governo Federal deve publicar decreto para corrigir salário mínimo para R$ 1.518
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará nos próximos dias um decreto que reajustará o salário mínimo para R$ 1.518, válido a partir de janeiro de 2025. Embora o aumento seja significativo, de R$ 106, ele ficará abaixo das estimativas anteriores devido a uma nova fórmula de correção implementada pelo governo para limitar gastos.

O valor do novo salário mínimo é resultado de uma combinação entre a inflação (INPC) de 4,84% e o crescimento do PIB de 2022, com um aumento real de 7,5%. Contudo, a aplicação de uma nova fórmula, que visa equilibrar as finanças públicas, limita o crescimento das despesas, resultando em uma redução de R$ 10 mensais em comparação com a estimativa anterior, que indicava um aumento de R$ 1.528.

Implicações para aposentadorias e programas sociais

Com o novo salário mínimo, há impactos diretos nas aposentadorias e benefícios previdenciários, que são corrigidos com base no valor do mínimo. A mudança na fórmula de cálculo resultará em uma economia significativa para o governo, que deixará de gastar cerca de R$ 4 bilhões em 2025. No longo prazo, os beneficiários de programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também sentirão o impacto, já que o governo estima uma economia de R$ 110 bilhões até 2030.

Efeitos na economia brasileira

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a restrição ao aumento real do salário mínimo pode afetar o consumo das famílias, impactando diretamente a economia. O salário mínimo é referência para cerca de 59 milhões de pessoas no Brasil, e com menos dinheiro disponível, o consumo de bens e serviços tende a cair. Isso pode resultar em consequências negativas para o crescimento econômico no curto prazo, com redução na demanda e desaceleração econômica.

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