Com índices econômicos acima da média nacional, Santa Catarina superou os piores momentos da pandemia. Conforme a última análise da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), os próximos meses deverão ser de acomodação dos indicadores.
“Somos reconhecidamente um estado pujante, com uma economia diversificada, referência em inovação e empreendedorismo. Temos saldo positivo de emprego, e a menor taxa de desocupação do país. Com um crescimento do PIB de 9,1% nos últimos 12 meses encerrados em junho, frente ao mesmo período anterior, Santa Catarina avança bem acima da média nacional que teve crescimento de 1,8% na mesma comparação. A meta agora é trabalhar para ampliar a oferta energética e o investimento em infraestrutura e logística para seguirmos competitivos na atração de empresas e das novas oportunidades que estão por vir com o fim da pandemia”, avalia o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon.
Serviços
Em agosto, o setor de serviços de Santa Catarina alcançou o maior crescimento entre os 12 maiores estados do país, acumulando uma alta de 17,2% no ano, acima dos 11,5% da média brasileira. Os segmentos que puxaram foram os serviços prestados às empresas (22,3%) e o de transportes e os auxiliares, (21,2%). Os serviços prestados às famílias, que incluem alojamento e alimentação, foram os últimos a reagirem por causa da pandemia, mas registram aumento de aproximadamente 12%.
Nos últimos 12 meses, o setor no estado teve um crescimento de 12,4%, frente a 5,1% da média nacional, registrando o segundo maior crescimento do país, sendo o maior entre as principais economias. “Com uma crescente percepção de melhora nos indicadores da pandemia e mais consumidores circulando, as atividades de serviços estão em plena recuperação, mas as perspectivas de inflação e juros podem representar um novo obstáculo para a sustentação desse crescimento”, explica o economista da SDE, Paulo Zoldan.
Indústria
Já a indústria catarinense acumula um crescimento de 20,5% no ano, quando comparado com o mesmo período de 2020, sendo o dobro do desempenho nacional (10,4%). A produção da indústria catarinense já superou em 4,9% o patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), o segundo melhor desempenho do país, atrás apenas de Minas Gerais. Somente seis estados, dos 15 pesquisados, atingiram esta marca. No comparativo mensal, o setor cresceu 1,9% em agosto, frente ao mês anterior.
“Apesar de todos os reveses ocasionados pela pandemia, que agora incluem a elevação dos preços de energia e de commodities e a falta de insumos e componentes, a indústria catarinense teve o segundo melhor desempenho do país até agosto, tanto no acumulado do ano, quanto nos últimos 12 meses”, acrescenta Zoldan.
Comércio
O comércio catarinense, um dos setores mais afetados pela pandemia, teve o maior crescimento do Sul do país, com 13,6% no ano e, também, o segundo maior do eixo Sul-Sudeste, em agosto.
Nos últimos 12 meses, o crescimento do comércio foi 11,6% no estado frente a uma média nacional de 8%, sendo que o varejo estadual teve o quarto maior crescimento do país quando comparado com os quinze maiores estados.