Nos últimos dias, moradores das regiões de Laguna e Imbituba relataram casos de intoxicação alimentar após consumir mariscos coletados localmente. A principal suspeita é a ocorrência de “maré vermelha”, um fenômeno natural causado pela proliferação de algas tóxicas, comum em períodos de altas temperaturas.
Relatos alarmantes
Uma publicação na página Informações da Pesca IDP trouxe à tona depoimentos preocupantes.
“Comemos ontem. Compramos o marisco fresco na praia, em Imbituba. Somos em nove pessoas e todas passando mal!”, afirmou uma moradora. Outra pessoa acrescentou: “Eu sou uma das pessoas a passar mal, e meu esposo também. Somos de Imbituba e consumimos mexilhões do costão local”.
O que é a “maré vermelha”?
A “maré vermelha” ocorre quando certas microalgas proliferam em grande quantidade, liberando toxinas que se acumulam em moluscos como mexilhões e mariscos. Embora esses organismos não sejam prejudicados, o consumo humano pode causar sintomas como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
O nome do fenômeno vem da coloração avermelhada que as algas deixam na água.
Investigação em andamento
A Polícia Militar Ambiental de Laguna confirmou os relatos de intoxicação e acionou a Epagri para verificar a possível relação com a “maré vermelha”.
“Coincidentemente, uma pessoa conhecida minha passou mal após consumir mariscos. A toxina causa incômodo, diarreia forte e dores intestinais. Ainda não há nada oficial, mas a Epagri deve investigar a situação em campo”, afirmou o sargento Robson Vieira.
A Cidasc também foi notificada e deve emitir uma nota técnica nos próximos dias para esclarecer o caso.
Período de defeso e cuidados
Vale destacar que está vigente o período de defeso do mexilhão, iniciado em 1º de setembro e válido até 31 de dezembro. A medida, regulamentada pelo IBAMA, busca proteger os moluscos durante sua fase reprodutiva, garantindo o equilíbrio ambiental e a sustentabilidade dos estoques pesqueiros.
Especialistas recomendam evitar o consumo de mariscos coletados em áreas sem monitoramento ou controle, especialmente durante suspeitas de fenômenos como a “maré vermelha”.
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