Um homem foi condenado a 12 anos, cinco meses e 10 dias de prisão por uma tentativa de homicídio ocorrida em 2016, em Tubarão. Na época, Allan de Oliveira Bittencourt atirou três vezes contra a vítima. Ela foi atingida na perna, no abdômen e na virilha, conseguiu reagir e sobreviveu. O caso envolvia uma desavença familiar
O acusado foi condenado pelo crime de tentativa de homicídio com a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima e teve a prisão preventiva decretada em plenário após requerimento dos promotores de Justiça. Dessa forma, ao final do julgamento, o acusado foi recolhido, ficando à disposição da Justiça.
Sobre o crime
Na tarde do dia 18 de novembro de 2016, por volta das 14h, Allan de Oliveira foi até a casa da vítima, chamou-o pelo nome e o atingiu com três tiros assim que o homem chegou ao portão da residência.
A relação tortuosa entre os dois teve início quando a vítima se envolveu em uma disputa familiar com o tio do denunciado pela guarda dos seus dois netos. O tio do condenado era pai das crianças e o homem atingido pelos disparos era avô dos menores. A confusão teve início após o falecimento da mãe das crianças, que era filha da vítima, e a busca pela guarda dos dois pequenos.
Consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) que, após ouvir seu tio e a vítima discutindo pelo telefone, o condenado resolveu colocar fim à vida da vítima, pretendendo ver encerrada a discussão familiar acerca dos cuidados com as crianças.
O crime somente não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do denunciado, já que a vítima, mesmo ferida, entrou em luta corporal com o denunciado, que teve de desvencilhar-se do homem baleado e fugir do local. O acusado afirmou no interrogatório ter ido à casa do homem e feito os disparos, mas negou a intenção de matá-lo, tendo dito que queria apenas intimidá-lo. O acusado contou, ainda, que após o crime se desfez da arma, lançando-a no Rio Tubarão
A vítima permaneceu internada no hospital por cerca de oito meses e foi submetida a mais de 20 procedimentos cirúrgicos, havendo, inclusive, necessidade de novas intervenções, mesmo depois de transcorridos aproximadamente seis anos da época dos fatos.
