Interditada há quase um mês, a Serra do Corvo Branco passou a ser monitorada pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) para evitar que veículos e pessoas furem o bloqueio. A Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE) reforçou que continua expressamente proibida a passagem de qualquer tipo de veículo e até mesmo de pedestres pelo local.
O trecho da rodovia SC-370, do corte da Serra até Grão Pará, segue interditado após o desmoronamento de uma barreira no último domingo (29). Segundo a SIE, há risco de novas quedas de rochas. A limpeza das pistas também está sendo realizada por uma empresa contratada.
Na manhã desta quarta-feira (1°), dezenas de moradores de Grão-Pará e Urubici fizeram um protesto cobrando agilidade na liberação da Serra do Corvo Branco. O grupo carregava cartazes reivindicando soluções para a reabertura do trecho. Também como forma de protesto, alguns tratores realizaram a limpeza da pista. Mais tarde, alguns produtores fizeram a desobstrução da via com maquinários próprios.
Nesta quinta-feira (2), geólogos da Defesa Civil especialistas em desastres, equipes coordenadas pela SIE e representantes do Exército Brasileiro avaliaram a situação no local.
O secretário adjunto da SIE, o engenheiro Alexandre Martins, afirmou que os moradores que protestaram na área jogaram material rochoso, barro e até mesmo guard-rails nas encostas. Com isso, houve sérios danos à vegetação, que naturalmente exerce a função de conter as encostas.
“São mais de duas toneladas de rochas que foram deixadas na via justamente para proteger a pista do material que ainda está por cair. Estamos trabalhando para mitigar os riscos agora”, avalia Martins.
Juntamente com o Batalhão do Exército de Lages, a SIE avalia a possibilidade de uma detonação da rocha que está em risco. Paralelamente, a empresa contratada trabalha no desmonte a frio da rocha no ponto onde houve perda de pista. O objetivo é abrir caminho para um novo traçado com segurança.
