Professores de Capivari de Baixo rejeitam proposta da prefeitura e mantêm greve
Foto: Sintermut

Os professores da rede municipal de ensino de Capivari de Baixo rejeitaram a proposta apresentada pela prefeitura e decidiram manter a greve iniciada na segunda-feira (21). A deliberação pela continuidade da paralisação ocorreu durante uma assembleia dos servidores nesta quarta-feira (23).

A principal reivindicação dos servidores da educação é a aplicação do reajuste do piso nacional do magistério no município. Além disso, os trabalhadores cobram ainda a revisão do plano de carreira, a incorporação das auxiliares de sala no quadro do magistério e realização de concurso público para o ingresso de novos professores.

As partes envolvidas nas negociações ainda não chegaram a um acordo sobre alguns pontos. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na área da Educação da Rede Municipal de Tubarão e Capivari de Baixo (Sintermut), foi realizado um estudo sobre as auxiliares de sala e, dessa forma, o consenso é que há viabilidade legal e financeira para o enquadramento no magistério municipal, com reajuste na carreira. O movimento de greve ainda cobra melhor discussão sobre o plano de carreira.

Na manhã desta quarta-feira (24), a prefeitura foi notificada sobre a continuidade da greve por meio de um ofício. Os professores também pediram uma reunião da comissão formada por representantes da gestão municipal e do sindicato para uma nova rodada de negociação.

Proposta da prefeitura

Na última terça-feira (22), representantes da administração municipal, professores e vereadores realizaram uma reunião para discutir o tema. A prefeitura manteve as propostas de estudos em relação à transferência do auxiliar de sala para a carreira de professor, que serão iniciadas em abril.

O município também se comprometeu em realizar o concurso para o ingresso de novos professores até setembro deste ano. Segundo a gestão, a questão já está em fase de estudos.

Sobre os salários, a prefeitura afirma que concedeu reajuste de 10,60% para todos os servidores do município e que, para os profissionais da educação, “houve um reajuste, que somado ao 10,60%, concedeu o piso da categoria a todos os professores”. Diz ainda que “nenhum professor do município irá receber menos de R$ 3.845,63, além do vale refeição no valor de R$ 400,00”.

Deste modo, a administração municipal pede para que primeiro seja avaliado o impacto financeiro sobre os reajustes concedidos a todos os servidores. A gestão se compromete a reavaliar a possibilidade de concessão do reajuste requerido pelos professores “após o fechamento das folhas dos meses de março e abril, com os estudos necessário, juntamente com o plano de carreira, em conjunto com representantes dos professores e do sindicato, vereadores e da administração”, afirma em ofício.