Professores de Capivari de Baixo entram em greve; VÍDEO
Foto: Divulgação Sintermut

Os professores da rede municipal de ensino de Capivari de Baixo entraram em greve na manhã desta segunda-feira (21). A principal reivindicação dos servidores da educação é a aplicação do reajuste do piso nacional do magistério no município.

Além disso, os trabalhadores cobram ainda a revisão do plano de carreira, a incorporação das auxiliares de sala no quadro do magistério e realização de concurso público para o ingresso de novos professores.

A decisão pela greve foi tomada durante uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores na área da Educação da Rede Municipal de Tubarão e Capivari de Baixo (Sintermut) na última quinta-feira (17). A paralisação acontece após diversas reuniões com a administração municipal terminarem sem acordo.

Pela manhã, os professores se reuniram na Praça da Bandeira e, em seguida, saíram em caminhada pelas ruas da cidade até a sede da prefeitura. Os manifestantes levavam faixas e cartazes com as reivindicações. Um carro de som explicando as razões da greve também acompanhou o grupo.

Ainda pela manhã, representantes do Sintermut tiveram uma nova reunião com a prefeita em exercício Márcia Roberg Cargnin (PP). A gestão apresentou uma nova proposta, que inclui a criação de uma comissão para debater a viabilidade econômica das demandas dos professores e buscarem atender as reivindicações.

A proposta da prefeitura será levada para uma reunião entre os professores na noite desta segunda-feira, onde eles vão deliberar se aceitam ou seguem com a greve. Enquanto isso, as mobilizações seguem durante o dia.

Nota do prefeito

Na última sexta-feira (18), o prefeito Vicente Corrêa Costa (PL) publicou uma nota em suas redes sociais em que contesta a greve dos professores municipais. Ele alega que o “sindicato insiste em greve política com base em uma premissa falsa”.

A Câmara de Vereadores de Capivari de Baixo aprovou na última semana um reajuste de 10% para todos os servidores do município. A proposta já foi sancionada e virou lei.

O prefeito recorre a esse reajuste para dizer que a demanda dos professores foi atendida. Segundo a nota, “nenhum professor com carga horária de 40h/semanais receberá menos do que R$ 3.845,63 mensalmente, o previsto na Portaria do MEC nº 67/2022”.

Conforme o prefeito, a revisão do plano de carreira e a realização do concurso público serão atendidas ainda em 2022. Quanto a incorporação das auxiliares de sala no quadro do magistério, o prefeito alega que a demanda não é possível no momento.