Bastante afetada pelas fortes chuvas do início de maio na região, a rodovia que corta a Serra do Corvo Branco completa três meses interditada. Neste período, equipes da Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIE) e de uma empresa contratada vêm realizando uma série de obras para recuperar o trecho. Ainda não há previsão para uma liberação total das pistas.
Na época, foram registrados vários deslizamentos de terra na estrada. Depois de um trabalho de limpeza, a SIE liberou o trânsito entre o corte da Serra e Urubici. No entanto, no trecho que pertence a Grão-Pará, houve dois pontos em que a pista desmoronou e exigiu obras mais complexas de recuperação. Por isso, a Serra do Corvo Branco segue bloqueada.
O secretário adjunto de Infraestrutura, Alexandre Martins, disse à UNITV que os dois pontos que desmoronaram já foram reestabelecidos, mas ainda são necessárias algumas obras complementares e de estabilização.
No primeiro ponto, mais abaixo, foi feito o alargamento da pista para o lado do barranco, removendo rochas da lateral. Já no segundo, próximo do corte, foi preciso construir uma espécie de ponte sobre a parte que desmoronou. Foi feita uma pista de concreto com 20 metros de comprimento por cinco metros de largura.
“A gente perdeu toda a pista. Ela tinha quatro de largura e ficou com menos de dois. Não tinha um mínimo de segurança para passar um veículo. Principalmente em uma Serra que é muito perigosa, não é ilumina e nem pavimentada nesse trecho. Estaria gerando uma insegurança muito grande”, conta Alexandre.
Agora, as equipes trabalham para garantir a estabilização dos blocos de rocha nas encostas. Alguns ficaram sem base de sustentação devido aos deslizamentos e ainda apresentam riscos. Esse serviço será feito com concreto e deve levar mais uma semana.
“Neste momento, o que a gente priorizou foi reestabelecer a parte de pista. Os dois pontos que estavam desmoronados já estão reestabelecidos. A gente agora vai partir para a etapa final, que é a parte de segurança e estabilização dos taludes, que foram feitos cortes para alargar a pista e desmonte a frio de rocha. Vamos fazer a estabilização desses taludes com concreto projetado e algumas obras de drenagem também sendo executadas”, explica Alexandre
Com a conclusão desta etapa, técnicos da Secretaria e órgãos de segurança vão discutir uma possível liberação parcial da pista. A expectativa é que isso possa ocorrer até fim deste mês. A análise deve levar em consideração que trabalhadores e máquinas seguirão atuando na pista.
“Finalizando essa semana de concretagem, a gente vai estabelecer um nível de segurança mínimo porque algumas obras vão continuar. Como acabamento de galeria, bueiros, drenagem superficiais, tudo isso ainda continua. Nesse momento a gente ainda não consegue dar uma garantia do dia da abertura da serra, mas bem provavelmente, vamos fazer uma liberação parcial agora no mês de agosto”, disse Alexandre à UNITV.