Vinícolas históricas, gastronomia e vinho são atrativos durante a Vindima Goethe
Foto: Fabiano Limas/Especial Progoethe

As vinícolas dos Vales da Uva Goethe, na região sul do estado, têm anos de história e tradição vitivinícola. As famílias italianas foram as primeiras a colonizar a região, chegaram no século XIX e trouxeram literalmente na bagagem as videiras que deram origem às primeiras vinícolas.

Na Casa Del Nonno, em Urussanga, Matheus Damian e o pai Renato Damian dão continuidade ao trabalho na vinícola fundada em 1975 pelo patriarca da família, Hedi Damian. Em 50 anos de história, a empresa evoluiu no processo produtivo, inovou, mas sem esquecer as origens. A visita guiada é um mergulho na história da família e da produção vinícola da região.
Em cada canto, uma memória e uma herança. Os grandes tanques de concreto e tijolo maciço, construídos há décadas, ainda são utilizados, e o pequeno museu guarda preciosidades, como as tinas de madeira usadas para amassar as uvas lá no final do século XIX. “O visitante pode conhecer a produção, um pouco da história da uva e do vinho Goethe, finalizando com a degustação de seis rótulos de vinhos tranquilos e espumantes”, explica o enólogo Matheus Damian.

A preservação e o resgate dessa história, é um dos grandes diferenciais do enoturismo nos Vales da Uva Goethe. O saber fazer, herança dos imigrantes italianos, é um dos aspectos que fez com que vinho Goethe conquistasse o selo de Indicação de Procedência (IP), e que mantém viva de geração em geração essas memórias.

Reviver a pisa da uva: antigo método de amassar a uva encanta os turistas

A Vinícola Bianco, em Orleans, também já está na terceira geração. Daniel e Antônio, dão continuidade à produção de uva e vinho, junto com o pai, seu Leonildo Bianco. Durante a Vindima, a propriedade recebe turistas para uma visita guiada diferente. Com as parreiras carregadas, é possível viver a colheita de perto.

O trator leva o grupo até o parreiral de uva bordô, armados de tesoura e uma caixinha, é só escolher os frutos que serão levados para casa. “Nós plantamos aqui próximo uma parreira de Uva Goethe só para mostrar para quem nos visita essa variedade, que é a nossa Indicação Geográfica”, explica Antônio Bianco.

Um brinde em meio as videiras, é hora de degustar os vinhos e espumantes, e experimentar a tradicional pisa da uva. Ao ritmo alegre de música italiana os turistas se divertem amassando as uvas com os pés . “Além de viver essa experiência, também servimos os queijos e embutidos produzidos na região, e a “polenta concia”, prato tradicional da culinária italiana preparado pela minha mãe”, destaca Daniel Bianco.

Pannevin: celebração em torno à mesa

Grandes mesas colocadas no campo próximas ao açude, vinho, gastronomia e música na Vinícola Trevisol. O Pannevin, mantém viva a tradição de reunir família e amigos em torno da mesa para celebrar e confraternizar. O visitante até se sente em um dos clássicos do cinema italianos, toalhas quadriculadas, mesa farta com pães, embutidos, carnes e legumes assados e claro vinho Goethe. “Tudo que servimos é cultivado e produzido na cidade, do queijo, aos pães e geleias. Assim, movimentamos a economia e valorizamos o produto local”, diz Edneia Trevisol.

Outro costume preservado pela família Trevisol, é a fogueira, acesa logo após o jantar. “Convidamos os visitantes a participar do ritual, escrevendo um pedido, que depois será jogado no fogo para que se torne realidade”, ressalta Gilmar Trevisol.

Programação da Vindima vai até fevereiro

A programação da 17ª edição da Vindima Goethe, se estende até 9 de fevereiro, nas seis vinícolas associadas à Progoethe. O evento, promovido pela Prefeitura Municipal de Urussanga, Sebrae/SC e Associação ProGoethe, celebra a cultura, as tradições italianas e os vinhos singulares elaborados com uva Goethe, reconhecidos como Indicação Geográfica (IG). A 17ª Vindima Goethe conta com o patrocínio da Unesc, BRDE e Sicoob/Credisulca.

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