A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) deflagrou nesta quarta-feira (7) uma operação com o objetivo de desarticular um grupo responsável por uma série de golpes em contas de investimentos de ações e derivativos, cujo prejuízo ultrapassa R$ 2 milhões somente em SC. A Operação Conta Limpa conta com apoio das Polícias Civis de São Paulo e Rio de Janeiro. No total, foram cerca de 80 vítimas em território nacional, e os valores roubados chegam a R$ 10 milhões.
Foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão nas cidades de Araranguá, Imbituba, e Florianópolis, além de Rio de Janeiro e São Paulo. De acordo com os responsáveis pelas empresas vítimas dos golpes, esta é a primeira investigação realizada em território nacional para apurar este tipo de fraude.
Esquema roubava dados pessoais para acessar contas
Em uma investigação inédita e complexa, a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) verificou que a fraude consistia na invasão de contas de clientes em empresas de investimentos em ações, que eram acessadas a partir do roubo de dados utilizando a técnica de phishing (do inglês, pescaria). Normalmente, este tipo de golpe acontece a partir de links que escondem softwares mal intencionados em sites e e-mails não confiáveis.
Durante as investigações, a polícia identificou que os fraudadores possuíam vasto conhecimento sobre o mercado de ações, já que utilizavam técnicas elaboradas para negociar ativos sem relevância em conta de terceiros, bem como conhecimento na área de informática e cibernética, visto o número de contas que foram invadidas com êxito. As investigações prosseguem para identificar os demais envolvidos na prática criminosa e rastrear os valores subtraídos.
O que é Phishing?
O Phishing é uma técnica de fraude na internet projetada para enganar as pessoas e obter informações confidenciais como senhas, informações de cartões de crédito e detalhes pessoais através de mensagens falsas.
As mensagens fraudulentas costumam conter links para sites falsos que se assemelham aos legítimos, mas são criados para roubar informações quando os usuários inserem dados pessoais.
Após obtenção do login e senha do cliente, os autores acessavam a conta realizando a venda de todos os “ativos em renda fixa”, auferindo os lucros em outra “conta laranja” que participavam da operação de mercado, deixando o prejuízo para a conta invadida, sendo a conta da vítima zerada.
Em explicação resumida, se a ação de uma empresa custa R$ 25,00, a opção de compra de R$ 40,00 não vale nada. Quem vai comprar uma opção para ter ativo a 40, se ele tá 25? Então o fraudador entra comprando a R$ 0,01. Os chamados bots, robôs, atendem a ele, e ele vai repassar para a conta fraudada por 0,02/0,03, depois a conta fraudada não consegue sair, porque não tem comprador, sendo zerada.
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