Saudades: Acusado por morte de professoras e bebês vai a júri popular
Foto: Arquivo

Mais de dois anos após o terrível ataque que resultou na morte de duas professoras e três bebês em uma creche na cidade de Saudades, localizada no Oeste de Santa Catarina, o indivíduo responsável pelo crime enfrentará o júri popular nesta quarta-feira (09). O julgamento está marcado para dar início às 8h30 no fórum de Pinhalzinho, município adjacente a Saudades.

O réu, cuja identidade não está sendo divulgada neste momento, foi acusado pelo Ministério Público de Santa Catarina por um total de 19 crimes de homicídio, incluindo tanto homicídios consumados como tentados. A denúncia inclui cinco homicídios consumados, agravados por triplo qualificador – motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. Além disso, o acusado enfrenta treze tentativas de homicídio, duplamente qualificadas por motivo torpe e meio cruel, bem como uma tentativa de homicídio qualificada pelos mesmos critérios.

O aguardado julgamento será realizado no Salão do Tribunal do Júri de Pinhalzinho e será acessível ao público. Medidas de segurança rigorosas foram implementadas no fórum e nas áreas circundantes para garantir a integridade do evento, que será presidido pelo juiz Caio Lemgruber Taborda.

O júri possivelmente se estendendo por mais de um dia, de acordo com informações fornecidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Durante o primeiro dia de procedimentos, está previsto que seis vítimas, oito testemunhas de acusação e quatro testemunhas de defesa prestem seus depoimentos.

O crime chocante ocorreu na manhã de 4 de maio de 2021, quando o réu, então com 18 anos, invadiu a creche em Saudades empunhando uma arma branca. Dentro da instituição, usando uma adaga adquirida pela internet, o indivíduo ceifou a vida de duas professoras e três bebês, cujas identidades foram divulgadas como Murilo Massing (1 ano e 9 meses), Sarah Luiza Mahle Sehn (1 ano e 7 meses) e Anna Bela Fernandes de Barros (1 ano e 8 meses), além das professoras Mirla Renner (20 anos) e Keli Adriane Anieceviski (30 anos). Ele também empreendeu tentativas de homicídio contra outras 14 pessoas, incluindo educadoras, funcionárias e crianças. Um bebê, com menos de um ano, sobreviveu com ferimentos graves e foi levado às pressas para o hospital. Após o ataque, o réu tentou tirar a própria vida, mas foi detido por cidadãos locais e posteriormente entregue às autoridades.

Após um período de hospitalização, o acusado prestou depoimento à polícia, admitindo ter cometido os crimes. A descrição inicial do réu, fornecida pelo delegado Jerônimo Marçal Ferreira, que liderou as investigações, retratou-o como um “jovem problemático”.

O julgamento carrega a responsabilidade de buscar justiça e elucidar os eventos trágicos que abalaram a comunidade de Saudades.

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