A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a taxa foi de 6,1%, a menor desde 2012.
Mesmo com essa alta na desocupação, o mercado de trabalho registrou recordes positivos. O número de trabalhadores com carteira assinada alcançou 39,6 milhões, o maior já registrado pela pesquisa. Além disso, o rendimento médio dos trabalhadores também bateu recorde, chegando a R$ 3.378, impulsionado pelo crescimento de setores como indústria e administração pública.
A população desocupada atingiu 7,5 milhões de pessoas, um crescimento de 10,4% em relação ao trimestre anterior. Ainda assim, esse número é 12,5% menor do que o registrado no mesmo período de 2024. Já a população ocupada caiu 1,2% e ficou em 102,7 milhões de pessoas, embora tenha crescido 2,4% na comparação anual.
O levantamento do IBGE mostra que a taxa de informalidade teve leve redução, passando de 38,7% no trimestre anterior para 38,1% agora. O Brasil também registrou um total de 18,3 milhões de pessoas subutilizadas, que incluem trabalhadores subocupados e aqueles que poderiam estar no mercado, mas não estão em busca de emprego.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a alta do desemprego segue um padrão sazonal do primeiro trimestre, quando há um aumento na busca por trabalho. Além disso, o crescimento do emprego com carteira assinada tem relação direta com o setor do comércio, que manteve contratações nesse período.
No recorte por categorias, os trabalhadores sem carteira no setor privado somam 13,5 milhões, um recuo de 6% no trimestre. Já os empregados no setor público são 12,4 milhões, número que caiu 3,9% em relação ao trimestre anterior, mas cresceu 2,8% na comparação anual. O grupo de trabalhadores por conta própria ficou estável, com 25,9 milhões de pessoas.
Apesar da redução no número total de trabalhadores ocupados, o rendimento médio habitual teve crescimento tanto no trimestre (1,3%) quanto no ano (3,6%), já descontada a inflação. A massa de rendimento real habitual somou R$ 342 bilhões, um novo recorde da série histórica do IBGE.
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