Estudantes da Unisul vão até Alesc pedir apoio contra o corte de bolsas
Foto: Divulgação

Estudantes e representantes da Unisul de Tubarão, junto com integrantes de outras universidades privadas do estado, estiveram na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) nesta quarta-feira (16). Eles foram até a capital pedir apoio dos deputados estaduais contra os impactos da nova Portaria nº 1011/SED/2025, que, segundo eles, restringe de forma incontornável a concessão de bolsas do Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior Catarinense (Fumdesc).

A principal preocupação é que as mudanças impostas pela nova legislação prejudiquem o acesso de novos estudantes ao benefício e coloquem em risco a continuidade de quem já foi contemplado. O documento entregue aos deputados, assinado por Cinthia Tamara V. Rocha, diretora geral da Unisul e Sociesc, e Larissa Albuquerque Dutra, diretora da Marca Unisul, pede que os estudantes já beneficiados com o Fumdesc e que renovaram matrícula neste semestre tenham seu direito adquirido respeitado, uma vez que suas bolsas foram concedidas sob a vigência da lei anterior, que não limitava o número de bolsas por mantenedora.

Outro ponto destacado é que muitos alunos se matricularam com a expectativa de serem contemplados com a bolsa, chegando até a contrair dívidas para garantir o início da graduação. A nova regra, no entanto, impõe um teto de até quatro mil bolsas por mantenedora, o que compromete essa expectativa e pode levar ao abandono dos cursos por falta de recursos.

As bolsas de estudo são vistas pelos estudantes como um instrumento essencial de acesso e permanência no ensino superior. Em um estado com desigualdades sociais e econômicas evidentes, elas não representam apenas um alívio financeiro, mas também uma ferramenta de inclusão, transformação social e promoção da equidade.

Além disso, o documento reforça que a Unisul, com mais de 10 mil estudantes matriculados apenas na modalidade presencial, é uma engrenagem fundamental da economia regional. Restringir o número de bolsas pode impactar não apenas a vida dos estudantes, mas também o desenvolvimento social e econômico de toda a região sul de Santa Catarina.

O deputado estadual Pepê Collaço, que recebeu a comitiva, declarou que a Alesc está buscando uma solução junto ao governo estadual para rever a situação. Segundo ele, é possível que um “remédio legislativo” seja construído para aumentar o número de beneficiários também nas universidades particulares, garantindo mais equidade na distribuição das bolsas.

“Vamos tentar encontrar um ‘remédio’ legislativo para que possa contemplar um número maior também nas universidades particulares”, afirmou Collaço.

A mobilização é um reflexo da insatisfação dos estudantes e da importância do tema para a educação superior em Santa Catarina.

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