Abril Azul: mês da conscientização do Transtorno do Espectro Autista
Foto: Ilustrativa

O mês de abril é marcado pelo movimento Abril Azul, dedicado à conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esta campanha busca gerar inclusão, ampliar o acesso à informação e promover o diagnóstico precoce, além de reforçar a importância de uma sociedade mais empática e acolhedora.

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento, com características que se manifestam geralmente antes dos 36 meses de idade. Segundo a Dra. Caroline Liana, neuropediatra, os sinais incluem dificuldades de fala, atrasos ou regressões, bem como problemas na interação social.

“Os sintomas podem incluir atraso de fala, regressão ou um desenvolvimento de linguagem mais lento. Muitas vezes, essas crianças apresentam dificuldade de interação social, preferem brincar sozinhas e têm um jeito peculiar de explorar os brinquedos”, explica.

Além dos desafios na comunicação e interação, algumas crianças podem apresentar estereotipias, como balançar as mãos, andar na ponta dos pés ou girar objetos. Alterações sensoriais, como intolerância a sons ou seletividade alimentar, também são comuns. Contudo, como destaca a Dra. Caroline, “os pacientes que estão dentro do espectro têm características muito diferentes. Um pode ter mais prejuízo em uma área, enquanto outro tem mais em outra, e por isso cada caso deve ser avaliado individualmente”.

A terapia desempenha um papel fundamental no tratamento e na evolução das crianças com TEA. Lediane Dal Forno, terapeuta ocupacional da Unimed Tubarão, destaca a importância de um plano personalizado: “A terapia ocupacional conecta e ajuda, garantindo que as pessoas possam realizar suas atividades cotidianas de forma mais eficiente, desde a infância até a vida adulta. Trabalhamos com atividades lúdicas e funcionais para desenvolver as habilidades que a criança necessita no momento, promovendo maior autonomia e independência”.

Com a colaboração de uma equipe multidisciplinar, que pode incluir psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e neuropediatras, é possível atender às necessidades específicas de cada paciente. “O ideal é elaborar um plano de tratamento assertivo, focado nas particularidades de cada indivíduo, para que ele possa desempenhar melhor seu papel na sociedade e conquistar uma maior qualidade de vida no futuro”, conclui Lediane.

A campanha Abril Azul reforça a importância do diagnóstico precoce, do apoio às famílias e da inclusão. É um chamado para que a sociedade entenda que a diferença não nos separa, mas nos ensina a construir um mundo mais justo e acolhedor.