Delegada afirma que pastor de Tubarão continua preso e vai responder por crimes sexuais
Foto: Reprodução UNITV

Na tarde desta sexta-feira (11), durante uma coletiva de imprensa, a delegada da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, a Mulher a ao Idoso (DPCAMI) Vivian Selig, falou sobre o caso do pastor de Tubarão investigado por crimes sexuais. A delegada afirmou que o homem segue preso e vai responder por violação sexual mediante fraude, importunação sexual, estupro de vulnerável e assédio sexual.

De acordo com a Polícia Civil, a primeira vítima teria sofrido o abuso há onze anos. Em todas as vezes, o pastor teria usado da vulnerabilidade das vítimas para cometer os crimes, tanto nas casas quanto na igreja.

“Após a notícia da prisão do investigado, outras mulheres se encorajaram. Quando elas viram a reportagem, elas ficaram paralisadas e perceberam que o que aconteceu com elas foi verdade. Isso acontece porque a todo o momento elas se questionam se aquilo realmente teria acontecido, e o porquê. Ele era tido como um homem de Deus para estas pessoas. Por isso a tristeza, a vergonha e o medo de denunciar havia tomado conta dessas vítimas”, afirma a delegada.

Ainda segundo a investigação, um homem também sofreu com os abusos, que aconteciam em momentos de oração. A polícia concluiu que a maioria das vítimas não tem ligação entre si e, ainda assim, relataram o mesmo padrão de comportamento por parte do pastor. Durante o interrogatório, o homem teria sido contraditório em alguns momentos.

Apoiadores

Ainda na tarde desta sexta, próximo ao horário da coletiva convocada pela Polícia Civil, dezenas de fiéis foram à porta da delegacia manifestar em defesa do pastor. Segurando cartazes, eles afirmaram que o homem é vítima de uma injustiça e armação.

“Ontem mesmo a gente recebeu mensagens, que seria uma Fake News. Então a gente quer que investigue isso também, não somente o outro lado. Existem dois lados da moeda, então gostaríamos de saber por que só um está sendo apoiado e queremos justiça”, afirma Tatiana Gonzaga, presente no protesto.

Essas mensagens, que indicam que as denúncias seriam forjadas, foram apontadas como falsas pela polícia, e estão sendo investigadas pela Delegacia da Polícia Civil de Tubarão.

“Se há uma disputa interna dentro da igreja, em nada interfere nos crimes praticados contra a dignidade sexual dessas mulheres, que têm outro viés, que eram praticados em um momento isolado, ou na sala reservada para atendimento de oração dentro da própria igreja, ou nas residências destas vítimas”, conclui a delegada.

Fake News

A empresária Andrea Caetano da Silva, apontada nas mensagens que circularam pelos aplicativos de mensagens como sendo a mandante de uma suposta armação contra o pastor, procurou a equipe da UNITV, afirmando que está em contato com a polícia e advogados, para provar que foi vítima de Fake News.

“Já tomamos as medidas cabíveis ao caso, nossa advogada está cuidando dessas mensagens que foram espalhadas. Isso chegou muito longe, esperamos que os responsáveis respondam pelo que fizeram”, afirma.