Pastora é presa em esquema de estelionato religioso
Foto: divulgação Polícia Civil

Uma pastora foi detida na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, sob acusações de liderar um esquema de estelionato que prometia quantias astronômicas em dinheiro a fiéis desavisados. O montante impressionante de R$1.000.000.000.000.000.000.000.000.000,00 foi a promessa que a pastora teria feito aos seus seguidores, um valor que é equivalente a “um octilhão de reais” ou “350 bilhões de centilhões de euros,” de acordo com a descrição.

As autoridades, coordenando a operação intitulada “Falso Profeta,” conduziram a prisão da líder religiosa após uma investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, que descobriu que o grupo liderado por ela estava envolvido em golpes financeiros que se baseavam em promessas de lucros inimagináveis. O método utilizado pelo grupo incluía a exploração da fé religiosa e uma teoria da conspiração que envolvia extraterrestres e um suposto “reset financeiro mundial” para enganar suas vítimas.

Esta investigação, que durou cerca de um ano, identificou mais de 50 mil vítimas de diversos estratos sociais e localizadas em todo o país. O grupo de supostos estelionatários é estimado em cerca de duzentos integrantes, incluindo dezenas de líderes evangélicos autointitulados pastores. Eles manipulavam os fiéis que frequentavam suas igrejas, convencendo-os de que eram escolhidos por Deus para receber bençãos milionárias que nunca se concretizavam.

Segundo as autoridades, o grupo movimentou mais de R$ 156 milhões nos últimos cinco anos e mantinha aproximadamente quarenta empresas fictícias que serviam para facilitar os golpes. As investigações também rastrearam mais de 800 contas bancárias supostamente utilizadas pelo grupo.

O golpe

O esquema operado pela pastora e seus cúmplices envolvia uma estratégia de convencimento enganosa, na qual persuadiam suas vítimas, principalmente fiéis de igrejas evangélicas, a investirem suas economias em operações financeiras falsas ou projetos fictícios de ações humanitárias, prometendo retornos financeiros imediatos e lucros extraordinários.

Em alguns casos, os pastores sugeriam que as vítimas fizessem depósitos modestos, como R$ 25, e em troca receberiam quantias absurdas, como “um octilhão de reais.” Em outros casos, convenciam os fiéis a investirem R$ 2 mil, prometendo retornos de “350 bilhões de centilhões de euros.”

Para dar credibilidade às transações, o grupo falsificava contratos com as vítimas, prometendo a liberação de quantias surreais que supostamente estavam custodiadas no Banco Central e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Além disso, os criminosos abusavam da fé e das crenças religiosas de suas vítimas e difundiam uma teoria da conspiração conhecida como “Nesara Gesara,” que alegava que os Estados Unidos haviam aprovado uma lei em 2000 como parte de um plano divino para liberar a humanidade, eliminando dívidas e reformulando os sistemas econômicos globais. Essa teoria também incluía eventos como o atentado às Torres Gêmeas de 2001, a destituição de presidentes e a promessa de um “evento” em que “forças da luz” assumiriam o controle do planeta para contatar alienígenas envolvidos na gestão financeira global.

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