As baleias-francas procuram o sul do Brasil, especialmente o litoral de Santa Catarina, para o nascimento dos filhotes – a região é considerada um berçário para a espécie. A temporada anual corresponde entre julho e novembro, porém neste ano elas chegaram mais cedo, no fim de maio. Neste mês há o registro de pelo menos 33 delas, incluindo 13 filhotes.
A pesquisadora e diretora do Projeto ProFRANCA, Karina Groch, conta que neste ano uma equipe de 33 pessoas – entre biólogos, coordenadores, administradores, pesquisadores, comunicadores e estagiáros – fará o monitoramento. “Estamos a postos e já com os estagiários selecionados”, afirma Karina, reforçando que os mamíferos frequentam o litoral brasileiro somente para reproduzir e amamentar os ‘bebês’. A ideia é estudar de perto esses animais, com o objetivo de obter informações sobre seu comportamento e dinâmica populacional.
O ProFranca tem no Catálogo Brasileiro de Fotoidentificação das Baleias-Francas, mantido pelo projeto, mais de 1,1 mil baleias-francas catalogadas desde 1987. Algumas delas já foram avistadas no litoral catarinense nesta temporada. “Contabilizamos ao menos oito velhas conhecidas até agora”, afirma Karina.
Em 2023 foi detectado um dos três maiores números de baleias no litoral catarinense (225), o maior foi em 2018, com 273 registros, entre mães e filhotes.
Caçadas durante séculos, até o início dos anos 1970, quase chegaram à extinção e ainda são consideradas uma espécie ameaçada. “A conscientização, estudos e monitoramento resultaram em uma taxa de crescimento estimada em 4,8% ao ano. Um percentual bastante expressivo”, comemora Karina.
ProFranca
A sede do ProFranca fica na Praia de Itapirubá Norte, em Imbituba, e conta com um Centro de Visitantes – o Centro Nacional Conservação da Baleia Franca. É aberta de terça-feira a sábado, entre 9h e 12h e das 14h às 17h. Imbituba também conta com o Museu da Baleia, localizado na Praia do Porto.
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