Último sobrevoo da temporada registra oito baleias-francas em Santa Catarina
Foto: Mariana Favero Silvano

O último sobrevoo do Programa de Monitoramento de Cetáceos em 2024, trouxe dados importantes para a conservação das baleias-francas, que são uma espécie emblemática na costa de Santa Catarina. A presença de oito baleias-francas na Área de Proteção Ambiental (APA) da espécie, incluindo quatro pares de fêmeas com filhotes, é um indicativo positivo para a saúde da população local, especialmente considerando que essa região funciona como um berçário natural para a espécie. A maior concentração foi identificada no município de Laguna, com seis baleias distribuídas nas praias do GI, da Cigana e da Galheta. A praia do Siriú, em Garopaba, também teve registro de uma mãe com filhote.

As buscas iniciaram em Florianópolis e terminaram em Araranguá, tendo como foco toda a APA, que finaliza em Balneário Rincão. A atividade realizada foi uma ação conjunta do Programa de Monitoramento das Baleias-francas da SCPAR Porto de Imbituba, executado pelo Grupo Acquaplan, e com a parceria do PROFRANCA/Instituto Australis. A identificação dos animais por meio das calosidades na cabeça, uma espécie de “digital”, permite rastrear os indivíduos ao longo das temporadas.

Além dos sobrevoos, o acompanhamento em pontos fixos nas praias do Porto e Ribanceira complementa o esforço de monitoramento, o que é fundamental para entender melhor os hábitos e a distribuição das baleias na região. Isso tudo ajuda a fornecer dados cruciais para ações de conservação mais efetivas e para a gestão das atividades humanas no local, como a navegação e o turismo, garantindo que as baleias possam continuar sua migração e reprodução sem perturbações.

A continuidade do programa de monitoramento é crucial, pois permite identificar tendências populacionais, observar o comportamento dos animais, acompanhar padrões de migração e reprodução, além de detectar possíveis ameaças à espécie. O fato de, por três anos consecutivos, os sobrevoos terem registrado mais de 200 baleias nas águas da região demonstra um sinal positivo de recuperação da espécie. Isso pode refletir um aumento na população, que é um passo importante, considerando que, no passado, a baleia-franca esteve à beira da extinção devido à caça predatória.

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