Nosso espaço feminino

Foto: Ilustrativa

Olá, meus amores e amoras!

A partir de hoje estarei por aqui semanalmente escrevendo artigos voltados ao universo feminino que, por sinal é de uma enorme complexidade. 

Desde 1995 trabalho como consultora de relacionamentos. Há 21 anos sou palestrante. Há 15 anos sou sexóloga. E desde sempre sou comunicadora. Acredito que desde que nasci. (Risos)

Sempre gostei de falar publicamente e quando pego um microfone não largo tão cedo. 

Ter voz e vez num mundo aonde predomina o machismo, é um privilégio para poucas mulheres; por isso sou tão grata!

Sempre tive e sempre terei muito orgulho em ser mulher. E devo isso à minha mãe e às mulheres de minha ancestralidade.

Ajudar pessoas e em especial às mulheres a desconstruir padrões e crenças limitantes me dá a certeza de que sempre estive e estou no caminho certo.

Afinal de contas, mulheres vem fazendo a diferença. Mulheres tem qualidades mais humanas, mais flexíveis, mais colaborativas na liderança. Só que ainda não somos suficientes. O que afinal isso quer dizer? Precisamos equilibrar. Precisamos de mais vozes femininas em espaços de poder. Seja no poder público ou no privado.

As mulheres acabam tendo que enfrentar uma dificuldade maior na hora de fazer escolhas para a realização profissional e pessoal. Não devíamos ter que escolher. Podemos ter os dois. Uma vida equilibrada em casa e no trabalho. Incrível que isso ainda é uma questão em pleno século XXI. Da mesma forma, mulheres se subestimam muito mais e tendem a procurar fatores externos para justificar seu sucesso, como se a gente não o merecesse. Ou até mesmo como se o sucesso fosse algo que não condiz com a realidade feminina.

Porque incrivelmente, ainda hoje, uma mulher de sucesso parece representar uma mulher que não “deve ser” uma boa mãe, uma boa esposa, ou qualquer que seja o estereótipo que a faz acreditar que sucesso não é para ela. A gente deve esquecer de uma vez por todas desse mito de uma mulher perfeita. Cada mulher é diferente. E mulheres devem ter ambição, seguir seus sonhos e alcançar o lugar que quiserem. Sem julgamentos, sem questionamentos.

Não se trata de uma ambição insaciável ou de querer competir com os homens ou com outras mulheres. Os lugares de liderança são nossos também, mas queremos que a trajetória para chegar até eles não seja uma sucessão de obstáculos extras por sermos mulheres. Da mesma forma que o homem que escolhe cuidar da casa e dos filhos enquanto a mulher trabalha fora não deve ser julgado por isso. Inclusive por ele mesmo.

E hoje quando olhamos para trás e relembrando a nossa trajetória até aqui, me pergunto mais uma vez: o que poderia ter sido diferente? Cabe a nós fazer essa mudança hoje. Cabe a nós estudar política, economia, direito e tudo mais que for necessário para entender o que estamos vivendo. Cabe a nós trabalhar por uma sociedade mais justa. Igualitária. E sim, com mais mulheres no poder. Porque com mais mulheres no poder, incluímos toda a população na conversa. Temos diálogo. E diálogo é o que traz a transformação. Que o que estamos vivendo sirva de lição. Precisamos mudar. E se não for agora, quando será?

Ficou claro pra você?

Beijos no coração e até breve!