O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano. A medida foi influenciada pelo aumento dos preços dos alimentos e da energia, além da instabilidade econômica global. O anúncio reforça o ciclo de aperto monetário iniciado no ano passado, tornando o crédito mais caro para conter a inflação.
Em comunicado, o Copom destacou que as incertezas externas, especialmente em relação à política comercial do Brasil e à postura do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos, impactam diretamente as decisões. Apesar disso, a economia brasileira continua aquecida, mesmo com sinais de desaceleração no crescimento. O órgão também alertou para a alta persistente da inflação de serviços e reforçou o monitoramento das políticas econômicas do governo.
A decisão do Copom já era esperada pelo mercado financeiro, pois o Banco Central havia sinalizado a alta na reunião anterior. Essa é a quinta elevação consecutiva da Selic, que agora atinge o maior patamar desde outubro de 2016. O Banco Central indicou que pode continuar aumentando os juros, mas em ritmo menor nas próximas reuniões. A política monetária segue focada na convergência da inflação para a meta estabelecida.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o índice registrou alta de 1,48%, acumulando 4,87% nos últimos 12 meses, acima do teto da meta de inflação para o período. A mudança no regime de metas contínuas do Banco Central exige acompanhamento mensal dos índices, tornando o controle inflacionário ainda mais rigoroso.
O aumento da taxa de juros tem impacto direto no crédito, tornando financiamentos e empréstimos mais caros, o que reduz o consumo e a produção. No entanto, essa política também afeta o crescimento econômico. O Banco Central projeta um crescimento de 2,1% do PIB em 2025, enquanto o mercado financeiro estima uma expansão de 1,99%. A decisão do Copom reforça o compromisso com a estabilidade econômica, mas mantém o desafio de equilibrar crescimento e controle da inflação nos próximos meses.
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