BC admite novo estouro da meta de inflação e alerta sobre alta de preços dos alimentos
Foto: Divulgação

O Banco Central (BC) alertou sobre o aumento contínuo da inflação e os impactos no mercado de alimentos e produtos industrializados. Na ata, publicada hoje (04), o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que a inflação tende a superar a meta estabelecida para 2025, com previsões de queda apenas no médio prazo. A reunião também discutiu a elevação da taxa de juros, de 12,25% para 13,25% ao ano, como medida para combater a alta nos preços.

O BC tem monitorado a evolução da inflação, e, de acordo com a ata, as expectativas de aumento nos preços têm se elevado consideravelmente. Fatores como a estiagem e o ciclo do boi impactaram diretamente os preços de alimentos, especialmente carnes, e a tendência é que esses aumentos se espalhem para outros setores. O documento também revela que a valorização recente do dólar pressiona os preços de produtos industrializados, o que pode resultar em novos aumentos no curto prazo.

Além disso, o Banco Central projeta que a inflação ficará acima da meta para o ano de 2025 até junho, o que pode configurar um novo descumprimento das metas estabelecidas para o período. Como resposta a essa pressão inflacionária, a expectativa é de que a Selic seja elevada novamente em março, podendo chegar a 14,25% ao ano. Essa alta, que já é a quarta consecutiva, visa conter as pressões sobre os preços, mas também traz desafios econômicos, principalmente para o consumidor, que já sente no bolso os efeitos dessa escalada.

A política fiscal e o atual cenário econômico do Brasil, com um mercado de trabalho robusto e aumento no crédito, são apontados como fatores que têm dado suporte ao consumo, mas também alimentado a demanda e contribuído para o aumento da inflação. O BC também observa que, apesar da desaceleração econômica prevista, o país enfrenta um cenário global desafiador, com incertezas que continuam a pressionar as expectativas de inflação e a política monetária.

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