Corinthians apresenta plano à justiça para quitar dívida de R$ 367 milhões
Foto: Divulgação

O Corinthians oficializou à Justiça de São Paulo um plano para regularizar parte de sua dívida de R$ 367 milhões por meio do Regime Centralizado de Execuções (RCE). A proposta do clube prevê o pagamento aos credores com 4% das receitas recorrentes, buscando evitar bloqueios judiciais e garantir maior previsibilidade financeira.

O montante incluído no RCE abrange débitos com empresários, fornecedores e jogadores, excluindo dívidas tributárias e o financiamento da Neo Química Arena. Como parte do plano, o clube pretende direcionar parte dos valores obtidos em transferências de jogadores para leilões reversos, nos quais credores oferecem descontos para receber mais rapidamente. O Corinthians estipulou que 5% das vendas de atletas serão destinadas a esses leilões, com um deságio mínimo de 30%.

A RCE, por sua vez, consiste em viabilizar um concurso de credores e possibilitar a reestruturação das dívidas do clube de futebol, com o diferencial de que permite concentrar, perante o mesmo juízo, o processamento das execuções cíveis ou trabalhistas, assim como a alocação das receitas e valores arrecadados pelo clube.

Além disso, o clube propõe corrigir o valor da dívida pela inflação utilizando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e projeta a quitação de 60% do débito ao longo dos próximos seis anos. A administração alvinegra busca garantir um modelo sustentável, assegurando a operação do clube sem comprometer sua saúde financeira a longo prazo.

Atualmente, o Corinthians acumula um passivo significativo, incluindo R$ 817 milhões em tributos, R$ 677 milhões relacionados à Neo Química Arena e R$ 926 milhões em dívidas cíveis e trabalhistas. Dentro do plano apresentado à Justiça, alguns credores terão prioridade no recebimento, como idosos, pessoas com doenças graves e aqueles com valores inferiores a 60 salários-mínimos.

Outro ponto abordado pelo clube é a criação da categoria de “credores parceiros”, englobando fornecedores e prestadores de serviço que permanecerem ativos mesmo após o pedido do RCE. Esses credores terão acesso a 50% dos valores distribuídos nas parcelas do plano, garantindo mais estabilidade para a manutenção dos serviços prestados ao clube.

A diretoria do Corinthians considera a adesão ao Regime Centralizado de Execuções um passo fundamental para evitar bloqueios de valores em suas contas bancárias e garantir previsibilidade nas despesas. A proposta ainda precisa ser aprovada pela Justiça para entrar em vigor. Caso seja aceita, o clube poderá estruturar um fluxo de pagamento que favoreça sua recuperação econômica sem comprometer suas operações esportivas e administrativas.

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